ANIMOSIDADE DE KAROL, por Fabrício Carpinejar

Quando você está pedindo desculpa para alguém e fala difícil, precisa de tradutor, chamar o dicionário, não é natural. Continua mentindo e escondendo o que aconteceu.

Não é reparação, mas arrogância.

Pedido de desculpa exige humildade das palavras mais corriqueiras, reivindica a pobreza do vocabulário mais essencial, para não gerar dúvidas da situação de pesar.

Você quer ter certeza que será entendido, que não há dúvidas do seu erro.

Ao tentar se retratar com Carla Diaz, depois de espalhar fofoca sem fundamento que ela estava interessada em Bil, Karol Conká explicou que sofre de “problemas de animosidade”.

Não disse que tem crise de ciúme e possessividade, que passou dos limites, que atravessou forte ansiedade, que enfrentou crise de pânico, que é muito agressiva. Não disse algo que todo mundo compreenderia.

Usou uma palavra que não explica nada, somente confunde.

Eu não conheço ninguém que sofre de animosidade. Não está no DSM-5, manual de diagnóstico de transtornos mentais.

Está mais para um sintoma, dentre tantos, de esquizoafetivo, por exemplo, do que serve para conceituar uma doença propriamente dita.

É uma doença nova, pelo jeito, que deve ser socorrida apenas pelo Aurélio ou Houaiss.

Nem é momento de ser científico, porém hora de se mostrar desarmado e despojado e firmar a cumplicidade da troca de experiências.

Quem pede desculpa pede ajuda, não foi o caso.

Animosidade pode ser um defeito ou uma virtude. Da mesma forma que expressa ressentimento ou rancor violento, também significa coragem e determinação diante das adversidades.

Karol se dirigia a qual definição?

Apresenta duplicidade semelhante ao uso do “perfeccionismo”. Quem assume que é perfeccionista vem a dizer que busca a perfeição e, por isso, cobra exageradamente do outro. Dá um desconto pelas suas exigências descabidas, isenta-se da responsabilidade das reclamações, ainda encontra um jeito de desqualificar o colega que não partilha da exigência do ideal.

Animosidade é um autoelogio, não uma confissão de culpa.

A maior contradição é que Karol é generosa quando se refere a si, mas é categórica com Juliette, insinuando desequilíbrio numa metralhadora de acusações falsas e sérias: doida, surtada, piradinha, obsessiva…

Pretende corrigir as suas falhas? Seja simples e objetivo.

Sinceridade é café com pão, não combina com afetação.

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Abaixo, a publicação original do autor:

ANIMOSIDADE DE KAROL

Fabrício Carpinejar

Quando você está pedindo desculpa para alguém e fala difícil, precisa de…

Publicado por Fabrício Carpinejar em Terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

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