Ache o que quiser de mim, isso não muda quem eu sou

Viver querendo agradar, desejando nunca desapontar ninguém, aspirando a perfeição, buscando corresponder a todas as expectativas, almejando jamais ser criticado… tudo isso cansa e provoca um desgaste enorme, uma perda de energia e um desrespeito tremendo por nós mesmos.

Leva tempo até que a gente aprenda que nosso valor não está nos elogios que recebemos ou nas decepções que não causamos, mas sim naquilo que a gente é realmente, independente das opiniões a nosso respeito.

É claro que não podemos viver isolados em nossas bolhas, centrados no próprio umbigo, desprezando todo o resto, mas de vez em quando é necessária uma boa dose de autoconfiança para dar um fod#-se a toda e qualquer exigência a nosso respeito e adquirirmos uma fé enorme em nosso jeito único de ser e de escolher, independente do que esperam de nós.

Certa vez li uma frase que dizia mais ou menos assim: “Autoestima não significa “eles vão gostar de mim”. Autoestima significa “tudo bem se eles não gostarem””. E é exatamente isso. Às vezes a gente foca tanto no desejo de agradar, na vontade de ser aceito, na expectativa de ser amado, que se afasta do mais importante: nós mesmos. Quando nosso desejo de ser amado pelo outro supera o respeito que temos por nós mesmos, perdemos a capacidade de impor limites, de dizer “não”, de nos resguardar, de nos reservar o direito de seguir nosso coração.

Viver preocupado com o que as pessoas pensam a meu respeito, com o que as pessoas esperam de mim, com o que as pessoas desejam que eu seja… é uma das formas mais cruéis de se viver e se posicionar na vida. As pessoas podem achar o que quiserem, podem me amar ou me odiar, isso não muda quem eu sou.

Zele por aqueles que ama, respeite os que te cercam, honre sua família. Mas não se afaste de si mesmo só pelo desejo de agradar ou por não suportar as críticas.

Viver querendo agradar nos torna marionetes na mão de quem se vale da boa vontade alheia para satisfazer os próprios caprichos. Frustrações fazem parte da vida, e vez ou outra você irá frustrar ou decepcionar alguém, mas isso não coloca por água abaixo todo o valor que você tem. Aprenda a suportar a ideia de que você não é infalível. Você também erra, também tem limites, também é imperfeito, e está tudo bem.

Faça o seu possível e peça a Deus que cuide do impossível. Você não controla tudo, não dá conta de tudo, não é infalível. Absolva seus erros, perdoe suas limitações, respeite seu tempo. Aprenda a dar limites, a dizer “não” àquela solicitação, à andar no seu ritmo. Você irá descobrir que aqueles que te amam e te respeitam não deixam de estar ao seu lado quando algo não sai conforme o combinado. Ame-se o bastante para entender que nem sempre será aceito como gostaria, e está tudo bem. E, finalmente, não se cobre tanto. Entenda que mais importante que fazer tudo certo é conseguir se perdoar quando algo dá errado, pois como diz o ditado: “Seja uma boa pessoa. Mas não perca seu tempo provando isso”.

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Escritora mineira de hábitos simples, é colecionadora de diários, álbuns de fotografia e cartas escritas à mão. Tem memória seletiva, adora dedicatórias em livros, curte marchinhas de carnaval antigas e lamenta não ter tido chance de ir a um show de Renato Russo. Casada há dezessete anos e mãe de um menino que está crescendo rápido demais, Fabíola gosta de café sem açúcar, doce de leite com queijo e livros com frases que merecem ser sublinhadas. “Anos incríveis” está entre suas séries preferidas, e acredita que mais vale uma toalha de mesa repleta de manchas após uma noite feliz do que guardanapos imaculadamente alvejados guardados no fundo de uma gaveta.