Reconstruções feitas com “peças” do próprio corpo são comuns em cirurgias oncológicas de cabeça e pescoço: médicos retiram um tecido de uma área e o reposicionam em outra, reconectando vasos com técnicas bem delicadas.
Às vezes, essa solução salva funções importantes — e, de quebra, pode carregar detalhes inesperados junto.
Foi o que aconteceu com a britânica Harriet Trewhitt, de 21 anos, em dezembro de 2025. Ela buscou atendimento depois de notar uma úlcera teimosa na língua que não melhorava. Após exames, veio o diagnóstico: carcinoma de células escamosas em estágio 2.

No centro do tratamento, Harriet passou por uma cirurgia longa, com cerca de seis horas de duração.
Os médicos removeram metade da língua e, para reconstruir a área, usaram tecido retirado do antebraço dela — pele e vasos sanguíneos incluídos, como costuma ocorrer nesse tipo de reparo.

O detalhe curioso: uma tatuagem pequena que ela tinha no braço acabou indo junto e ficou aparente na parte reconstruída da língua.
A recuperação também não foi simples. Além do pós-operatório complicado, ela precisou encarar uma cirurgia de emergência e fez radioterapia com feixe de prótons, modalidade que concentra a dose com mais precisão em alguns casos.

Na reabilitação, Harriet passou por um processo intenso para retomar habilidades que muita gente só percebe que são complexas quando faltam: falar com clareza e engolir com segurança.
O relato dela viralizou por dois motivos ao mesmo tempo: o “carimbo” inesperado da tatuagem no novo tecido da língua e a forma direta como a jovem descreveu os desafios físicos e emocionais de atravessar um tratamento pesado tão cedo na vida.
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