Três anos após a queda do avião que tirou a vida de Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, parentes de quem não era famoso passaram do luto silencioso para o horário nobre.
No Domingo Espetacular de 13 de julho, eles narraram — pela primeira vez diante das câmeras — os bastidores da disputa pela indenização do seguro aeronáutico, revelando valores, reuniões tensas e acusações de favorecimento.
O seguro totalizava 2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 11 milhões). Metade do montante saiu direto para o herdeiro de Marília, o pequeno Léo, enquanto as quatro famílias restantes receberam, em média, R$ 1,4 milhão cada.

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Os ocupantes eram o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarcísio Viana, o tio-assessor Abiceli Silveira e o produtor Henrique Bahia.
As tratativas começaram em 2022 e só foram homologadas um ano depois, no Tribunal de Justiça de Goiás.
Segundo os entrevistados, o desequilíbrio na divisão foi mantido após Dona Ruth — mãe de Marília — argumentar que a filha teria maior relevância entre as vítimas.
O advogado Caio Fonseca explicou ao programa que seguradoras calculam cada caso a partir de expectativa de vida e renda potencial, o que gera diferenças de valores — mas admitiu que isso costuma alimentar conflitos quando há múltiplos beneficiários.
Uma das queixas mais fortes veio da ex-mulher do piloto, Euda Dias. Ela relatou que, na primeira reunião, ouviram que “pelo status socioeconômico de Marília, ela deveria ficar com 1 milhão de dólares”, proposta que as demais famílias consideraram injusta desde o começo.

Euda acrescentou que advogados da cantora apresentaram um dossiê de 28 páginas detalhando um faturamento mensal de R$ 10 milhões para justificar o valor extra destinado ao neto de Dona Ruth.
Apesar do desconforto, o pai de Henrique Bahia contou que os familiares acabaram aceitando o acordo para não arrastar a briga por anos na Justiça.
“Ou recebíamos agora e tocávamos a vida, ou esperávamos oito, dez anos sem garantia de ganhar mais”, resumiu George Freitas.
Do outro lado, o advogado de Dona Ruth afirma que os representantes jurídicos das cinco partes receberam a minuta de contrato já com a divisão prevista — ninguém teria “armado” nada, segundo ele, e a idade de Marília pesou no cálculo da seguradora.
Mesmo assim, os parentes do piloto e do produtor defendem que a partilha seja revista. Eles sustentam que cinco vidas equivalem a cinco parcelas iguais, independentemente de fama ou ganhos futuros.
Para que o acordo seja anulado ou modificado, explica Caio Fonseca, seria necessário provar erro, coação ou má-fé — critérios mais difíceis de demonstrar do que questões de “justiça moral”.
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