8 dicas para cuidar de uma pessoa com depressão

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A depressão é uma das doenças mais recorrentes do século XXI, afetando homens e mulheres de todas as idades. Quem sofre de depressão parece ter estagnado, não encontra forças para enfrentar o quotidiano e chega a pensar que a vida não tem qualquer significado. Lidar com uma pessoa que apresenta esses sintomas não é fácil, mas também não é impossível.

Abaixo, leia 8 dicas que auxiliam nos cuidados de uma pessoa com depressão

1. Compreender a doença.

 A depressão é uma doença como qualquer outra e a melhor forma de lidar com uma pessoa deprimida é saber exatamente quais os efeitos que a depressão causa no doente, o que este sente e qual a melhor forma de lidar com tudo isso. Ler muito sobre o assunto, acompanhar a pessoa ao médico, participar em comunidades reais ou virtuais que falem sobre o assunto são as principais formas de compreender para poder auxiliar nos momentos angústias e necessidades da pessoa doente. Não saber o que é uma depressão e de que forma se manifesta, dificulta a compreensão dos comportamentos da pessoa.

2. Apoio emocional.

A depressão não é uma doença que passa de um momento para o outro, ou seja, demora tempo a passar – meses e, em alguns casos, até anos. Durante esse tempo, aquilo que a pessoa deprimida mais necessita – para além do acompanhamento médico – é o apoio emocional de quem a rodeia. Compreensão, paciência e carinho são os factores chaves para quem está a cuidar de uma pessoa com esse quadro. Mostre empatia, seja um bom ouvinte, dê muitos abraços e, quando na dúvida sobre o que fazer ou dizer, pergunte sempre: “como posso ajudar?”. lembre-se que não existem respostas prontas para nada.

3. Saber distinguir a pessoa da doença.

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Veja também: Animação sobre depressão aborda ponto de vista do doente e da pessoa próxima.

É muito difícil lidar com e ajudar uma pessoa com depressão, principalmente quando ela expressa emoções tão intensas como a tristeza, pessimismo, raiva e frustração. Faça o possível para se lembrar que é a doença que está a falar e não a pessoa. Evite tentar convencer a pessoa que aquilo que ela sente não é real e que ela pode simplesmente “animar-se” para que isso passe. Em vez de dar conselhos e sugestões, mantenha-se neutro, ouça e ofereça-se para ajudar naquilo que for preciso.

4. Delinear um plano.

Ninguém pode ficar sentado em casa à espera que a depressão passe por si só ou que os medicamentos façam o seu efeito de um dia para o outro – se assim for, ela nunca desaparecerá. É preciso delinear um plano de ação em conjunto com a pessoa: é preciso saber quais são as coisas que parecem piorar a depressão e evitá-las, mas também perceber quais as atividades que dão um novo alento à pessoa e repeti-las. Outros cuidados básicos que podem melhorar a qualidade de vida de uma pessoa que está passando por isso passam pela toma adequada dos medicamentos, fazer uma dieta alimentar saudável, dormir o suficiente, praticar exercício físico, participar de terapia individual ou de grupo e ter algum tipo de agenda social. A depressão não precisa ser uma doença incapacitante e é preciso vencê-la, um passo de cada vez.

 

5. Tempo de qualidade juntos.

É crucial que a depressão não domine a vida da pessoa e nem a daquelas que diariamente convivem com essa pessoa. Quais são as coisas que normalmente fazem juntos? Façam-nas! Quantas mais vezes, melhor. A diversão é um dos melhores remédios para a depressão. Num estado de depressão é extremamente importante manter uma vida o mais normal e otimista possível. Normal é bom – não deixe que a pessoa deprimida coloque a sua vida em standby por causa da depressão, isso só deixará o tratamento mais demorado.

6. Tarefas diárias.

Para uma pessoa com depressão, até os gestos e rotinas mais mundanas do dia-a-dia se tornam um enorme suplício – tudo custa, tudo é demais, tudo é fonte de stress e não apetece fazer nada. Uma das formas mais simples de apoiar uma pessoa deprimida é ajudá-la com as suas pequenas tarefas diárias: pode ser algo tão simples como ir buscar as crianças na escola, ajudá-lo a fazer o jantar, na limpeza da casa ou fazer as compras de supermercado. Ficará surpreendido com o efeito positivo que este tipo de ação terá numa pessoa , que se sentirá imediatamente mais aliviada.

7. Sair de casa.

Uma pessoa deprimida tem uma enorme tendência para se desligar do mundo e fechar-se em casa, o que só dificulta ainda mais a situação. Quanto mais tempo a pessoa deprimida se isolar, mais difícil será ela voltar ao “mundo real”. Só o fato de estar ao ar livre e a apanhar sol já é extremamente benéfico, mas pode ainda juntar a isso uma pequena caminhada, uma tarde de jardinagem, um almoço fora ou uma sessão de cinema com um grupo de amigos mais íntimos. Pode custar inicialmente, mas este tipo de atividades são uma lufada de ar fresco que realmente podem fazer diferença.

8. Cuidar de si.

Quem cuida de uma pessoa que está doente, também precisa de se cuidar, caso contrário pode facilmente ficar fisicamente exausto, emocionalmente desgastado e com elevados índices de ansiedade e stress. É crucial que quem cuida de uma pessoa não concentre cada minuto do seu dia nessa pessoa, no seu estado e nos seus problemas – é necessário que continue a levar sua vida, sem abandonar os momentos de lazer, sem sentimentos de culpa. Se sentir que já não consegue mais ou que precisa de uma pausa, peça apoio a um familiar ou amigo e descanse durante uns dias. Se não estiver bem, não será grande ajuda para a pessoa deprimida.

Dica de livro: O Demônio do Meio-Dia: Uma Anatomia da Depressão, Andrew Solomão







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