Quem me vê sorrir, pode jurar que eu nunca chorei

Imagem de capa: Victoria Chudinova/shutterstock

Me alegro com coisas ridículas, sofro por outras ainda mais. Essa é a mágica das transformações e a prova de que a eternidade só vale para o tempo e não para as fases que a vida traz e nos apresenta, quase sempre de sopetão.

Não há mal que sempre dure e bem que nunca se acabe, diz um ditado conhecido. A dor permeia a vida tentando nos enganar, prometendo estadia longa, mas é uma mentirosa, quer permanecer, mesmo sem convite.

A atitude positiva é capaz de mudar o rumo da vida. Onde é sorriso, a dor se intimida. É uma briga feia, mas necessária. O sofrimento fala alto, é impositivo, espaçoso, grudento. Mas, o otimismo é contagiante, simpático, companheiro.

Um lamento atrai outro, maior. Um sorriso atrai outro, maior.
Pode-se passar um bom tempo mergulhado no drama, mas não pode fazer-se de rogado ao convite de uma risada.

A ideia em si é dar cada vez mais espaço aos sorrisos e às atitudes positivas. A responsabilidade aumenta a cada reação que somos capazes de provocar. E uma gargalhada junto é mil vezes melhor do que um suspiro dolorido.

Quem me vê sorrir, acha minha vida boa. E ela é. Normal, com muitas dores superadas, algumas nem tanto, outras que ainda nem mexo e muitas risadas que solto para comemorar.

Quem me vê sorrir, pode achar que eu nem sei chorar. Mas é por tanto saber, que sorrio ainda mais sonora e escancaradamente.

Quem me vê sorrir, não sabe o que passei. Melhor assim. Nenhum veneno, nenhum fantasma, nenhuma dor ou desamor. Tudo isso existe, faz parte de mim, mas não podem roubar minha risada.

Essa é a vida que a gente tem obrigação de perseguir e compartilhar.







Administradora, dona de casa e da própria vida, gateira, escreve com muito prazer e pretende somente se (des)cobrir com palavras. As ditas, as escritas, as cantadas e até as caladas.