Às vezes, a vida recomeça no pior ponto possível: ficha manchada, bolso vazio e uma família que não sabe como olhar nos seus olhos. É daí que parte Um Homem Abandonado, drama turco que vem ganhando fôlego na Netflix com uma história simples na forma e pesada no que implica para cada personagem.
Baran (Mert Ramazan Demir) sai da prisão depois de 15 anos levando nas costas a culpa por um crime que, segundo o próprio filme indica, não foi dele, mas do irmão. O primeiro objetivo é prático: abrir uma oficina de automóveis e garantir dinheiro honesto. O segundo é íntimo: tentar recuperar o respeito de quem ficou do lado de fora.
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Nada nessa volta é automático. Documentos, aluguel do ponto, ferramentas, clientes desconfiados — o roteiro faz questão de transformar cada etapa em teste. Quando o passado reaparece, não vem com moldura épica: retorna em cobranças, conversas atravessadas e pessoas que o conheciam por outro nome, aquele que ficou preso ao processo.
A família ocupa o centro da pressão. Lealdade e rancor dividem a mesa, e Baran percebe que “proteger os seus” tem preço alto quando a verdade foi enterrada por tanto tempo. As cenas entre irmãos são o miolo do conflito: uma mistura de afeto antigo com a contabilidade de danos que ninguém sabe como fechar.
O filme trabalha o tema do sacrifício sem discurso: mostra quem paga a conta e como essa conta se acumula. Perdão aqui não surge como palavra bonita, mas como decisão cansativa, tomada dia sim, dia não, com recaída no meio do caminho. E o tal “destino” ganha contorno de escolhas sucessivas — cada uma abrindo e fechando portas para Baran.
A direção preferiu o concreto: oficinas apertadas, ruas barulhentas, casas onde tudo ecoa. A fotografia aproxima a gente do ruído do metal, do óleo nas mãos, do corpo que tenta seguir trabalhando enquanto a cabeça volta para o que aconteceu. Mert Ramazan Demir segura o papel com expressão contida; quando explode, é porque a corda já tinha arrebentado faz tempo.
No fim das contas, Um Homem Abandonado conversa com quem já precisou começar do zero enquanto o passado batia à porta.
Por isso a história emociona: não há grandes salvadores, só gente tentando sobreviver ao que fez — e ao que aceitaram fazer por ela. Disponível na Netflix.
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