Se você olhar para o mapa do leste africano e achar que ele parece “estável”, a geologia discorda. Existe ali uma linha de ruptura em andamento — lenta, contínua e real — que está esticando o continente por dentro.
A National Geographic destacou que a África passa por um processo de separação entre duas partes da sua placa tectônica: a subplaca Núbia e a subplaca Somali, que vêm se afastando ao longo do tempo.
Essa abertura não é um evento repentino: é um movimento que começou há milhões de anos e segue ativo, com sinais claros em algumas áreas.
O ponto mais conhecido dessa movimentação é a região de Afar, no norte da Etiópia, onde o terreno já dá pistas do que acontece em profundidade. A partir dali, o processo avança em direção ao sul, acompanhando uma grande faixa de falhas e vulcões.
A “espinha dorsal” dessa mudança é o Sistema do Rift da África Oriental (EARS), uma enorme zona de fraturas onde a crosta terrestre está sendo puxada e afinada.
É um corredor geologicamente intenso, marcado por terremotos, vulcanismo e deformações do solo — o tipo de lugar onde a superfície pode rachar, afundar ou se deslocar alguns centímetros sem pedir licença.
Leia também: Fotógrafos da National Geographic que fazem de tudo para obter a foto perfeita
A fenda atravessa, total ou parcialmente, 13 países:
O motor desse “rasgo” é a separação progressiva entre as placas, alimentada por calor vindo do interior da Terra. Em várias áreas, o magma sobe, pressiona a crosta e facilita o surgimento de falhas; em outras, o solo simplesmente estica até ceder.
Com o tempo, esse alongamento tende a rebaixar regiões inteiras, criando depressões que podem ser ocupadas por água — primeiro por lagos, depois por braços de mar, e, num cenário de escala geológica, por um oceano novo.
Mesmo com essa lentidão, já existem efeitos práticos. Em trechos do Quênia e de outros pontos do rift, fissuras e deslocamentos do terreno já causaram danos em estradas e estruturas, além de exigir monitoramento constante por causa de terremotos e vulcões.
Para quem vive ali, não é “curiosidade científica”: é um fenômeno que interfere em deslocamento, obras, segurança e planejamento urbano.
Esse tipo de separação entre placas não é novidade na história do planeta. Uma dinâmica parecida aconteceu quando África e América do Sul se afastaram, processo que abriu o Atlântico.
A diferença é que agora dá para acompanhar com medições modernas e registros frequentes — e entender, com mais clareza, como um continente começa a se dividir antes mesmo de virar mar.
Leia também: National Geographic premia cientista colombiana por combater o comércio ilegal na Amazônia
Fonte: NatGeo
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
👉 O filme que pode dominar o Oscar 2026 acaba de entrar no streaming!
O que era no braço foi parar na língua: jovem se assusta ao acordar de…
Você pode ter comprado: Anvisa proíbe remédios de duas marcas conhecidas e manda retirar das…
Gripe K: por que muita gente acha que é resfriado e só descobre quando piora…
Baba Vanga previa o futuro… ou tudo foi exagerado depois?
Quem acha que o café vai mudar muito de preço em 2026 pode se surpreender