Ana Macarini

Quer se livrar de um problema? Comece a parar de falar nele!

Não importa se o seu perrengue tem um dia ou uma década, a depender da importância que você lhe concede, ele vai viver para te atormentar. Tem gente que terminou o namoro antes do ano 2000 e vive até hoje contando para cada amigo ou amiga nova como foi trágico o fim daquele relacionamento.

Tem gente que saiu do emprego há tanto tempo que nem lembra mais direito a cara dos colegas, mas lembra com exatidão de cada palavra depreciativa e de cada bronca humilhante que levou do chefe sem noção.

O que acontece com essas pessoas? Elas sofrem de indigestão emocional! Mas isso existe? Ôxi, se existe! Existe e é muito mais difícil de curar do que um “piriri” de feijoada com caipirinha de cachaça e torresmo frito.

Indigestão emocional é fruto de uma falta de habilidade para digerir sapos que não deveriam ter sido engolidos; mas, já que foram, que sejam devidamente encaminhados ao processo final da digestão, certo?

Mas, não! Tem gente que curte ficar ruminando o sapinho feito chiclete. O danadinho já nem tem mais sabor, mas fica lá, entre a língua e os dentes, trazendo um gosto amargo e ruim à boca.

Indigestão emocional é um desconforto que afeta corpo, mente e espírito, devido a uma intoxicação de mágoas e desaforos que se levou para a casa, para a cama e para o chuveiro.

Como é que cura isso??? Ora, primeira coisa é parar de pensar nisso. E para dar conta dessa tarefa vale qualquer coisa, desde amarrar um barbantinho no dedo até prometer-se a si mesmo um prêmio em dinheiro.

E, para parar de pensar, é preciso parar de falar a respeito. Mas antes de falar a gente pensa, não pensa? Há controvérsias! Parar de falar é um desafio maior porque, embora a situação seja trágica e muitas vezes humilhante mesmo, na hora da narrativa a história ganha ares dramáticos, românticos até. Aí, meu amor… danou-se! Falou do dito cujo, vai ficar revivendo a cena, lamentando tudo que devia ter dito e não disse, tudo que deveria ter feito e não fez.

Vai ressuscitar dos mortos um cadáver que já cheira mal. E vai contaminar o presente, que é uma chance novinha em folha de fazer diferente, com respingos de um passado que não serve mais.

Por isso, haja o que houver, trate de exorcizar esse demônio de dentro de você. Devolva essa oferenda para o mar e arranje outra coisa para pensar. Trace uma meta lá na frente, mire e ponha foco nos seus planos. E o mais importante de tudo: não importa quanta vontade você precise passar… NÃO OLHE PARA TRÁS, NUNCA MAIS!

Ana Macarini

"Ana Macarini é Psicopedagoga e Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita. Acredita que todas as palavras têm vida e, exatamente por isso, possuem a capacidade mágica de serem ressignificadas a partir dos olhos de quem as lê!"

Recent Posts

Novidade na Netflix: Glen Close e Mila Kunis arrancam lágrimas e aplausos em filme arrebatador

É impossível não se emocionar com a história profundamente humana e as atuações fenomenais que…

1 dia ago

Viúvo de Walewska quer que pais da jogadora paguem aluguel para morar em apartamento deixado pela filha

"Ele mandou uma notificação sem autorização judicial informando que os pais dela ou pagarão a…

1 dia ago

Desaparecimento de Madeleine McCann completa 17 anos e pais fazem declaração: ‘Vivendo no limbo’

Dezessete anos se passaram desde que Madeleine McCann desapareceu do quarto de um resort na…

2 dias ago

Pai é acusado pela morte do filho após obrigá-lo a correr em esteira em alta velocidade

O pai alegou que obrigava seu filho de 6 anos a correr em uma esteira…

2 dias ago

Mecânica de jogo: O coração da emoção de Aviator

Na nossa análise exaustiva, mergulhamos na mecânica do Spribe's Aviator, analisando como o seu formato…

2 dias ago

Show da Mandonna: Fiscais encontram facas enterradas na areia de Copacabana

Na madrugada desta sexta-feira (3), a Secretaria de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro…

2 dias ago