Vanelli Doratioto

O que o meu pior relacionamento me ensinou

Antes de mais nada eu preciso dizer que acredito que toda experiência deixa algum ensinamento, por mais dolorosa que essa experiência seja. O meu pior relacionamento amoroso foi o meu primeiro e talvez por isso o meu mais desacertado.

Nesse meu equivocado relacionamento amoroso eu aprendi que:

1 – A razão não é uma boa conselheira

Muitas vezes, depois de esperar um longo tempo pela pessoa especial, por aquela que faça nosso coração bater mais forte, decidimos racionalmente seguir nossa cabeça e deixamos alguém, que parece o melhor para nós, fazer parte da nossa vida. Contudo, a razão não é uma boa conselheira, ela não leva em conta empatia, sincronia e intimidade, essenciais em qualquer relação. Tenha paciência, o seu coração sabe o que faz. Dar uma chance nem sempre é uma boa ideia quando o coração deseja esperar um pouco mais.

2 –Espere o tempo que for preciso pela pessoa certa

Para algumas pessoas o amor da vida pode aparecer aos dezoito anos. Para outras, muitos anos depois. Não há coisa alguma que diga que existe um tempo certo para encontrar o amor. Nunca se esqueça que é melhor estar sozinho e de bem com a vida, que mal acompanhado com alguém que não está realmente ao seu lado.

3 – Cuidado, quem vê cara não vê coração

Muitas vezes, à primeira vista, “aquela” pessoa parece perfeita. Ela faz o tipo altruísta, tem uma alimentação super saudável, dá aulas de yoga e luta em prol dos animais abandonados. Faz tudo que parece inerente a uma pessoa boa. No entanto, com meu pior relacionamento eu aprendi que existem pessoas que parecem boas e sinceras, sem o ser. Observar antes aquela pessoa pela qual você está interessado, assim como saber de sua vida de forma mais próxima, até mesmo de relacionamentos passados, dificulta esse tipo de equívoco.

4 – Escolha alguém que esteja contigo pelo que você é

Parece absurdo, mas algumas pessoas podem se interessar apenas por alguns aspectos seus e não propriamente por tudo que você é. Fique com alguém que te ame completo, nos teus melhores e piores dias. Com alguém que simplesmente ame seu caos e não queira mudar tudo que você é. Escolha alguém que te aceite e te compreenda. Em suma, namore alguém com quem você possa ser você mesmo.

5 – A maleabilidade é muito importante em qualquer relação

Hoje existe um discurso bastante em voga sobre a mulher e o homem racharem a conta do restaurante. A meu ver, não existe uma regra nesse quesito. O homem pode pagar a conta, a mulher ou os dois, tudo depende do que foi conversado entre o casal. Contudo, uma pessoa com o mínimo de bom senso, sabendo que o companheiro está desempregado ou ganhando muito pouco, procurará pagar as contas até que tudo se ajeite. Namore alguém que tenha o bom senso de saber que em determinado momento você não poderá arcar com alguns gastos. O mesmo vale para você quando o contrário se aplicar. A empatia e a intimidade ajudam a ponderar as coisas em qualquer relação, sem a necessidade de regras enrijecidas.

6 – Fuja de quem economiza amor

Ouvi no meu pior relacionamento que “quanto mais meu coração batesse acelerado, mais curta seria minha vida” e que “o melhor seria eu não me empolgar muito no amor”. Se eu optasse viver ao lado de alguém assim, minha vida não seria nada prazerosa, pelo contrário, seria um martírio. Quem economiza amor morre de fome. Viva o seu sentimento de forma plena e tenha ao seu lado uma pessoa com a qual você possa mergulhar de cabeça no amor, sem medos e receios. Nunca aceite alguém que tenha como lema a ponderação amorosa.

Os nossos piores relacionamentos não devem ser motivo de culpa. O que precisamos entender é que o problema não está em se equivocar no amor, mas sim em permanecer preso no equívoco.

Alimente seu amor próprio. Aceite em sua vida apenas aquele que acrescenta, que te incita para o melhor, que verdadeiramente te ama e nunca esqueça de ouvir o seu coração. Ele é um ótimo conselheiro e entende melhor que ninguém de amor.

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Imagem de capa: Sasa Prudkov/shutterstock

Vanelli Doratioto

Vanelli Doratioto é especialista em Neurociências e Comportamento. Escritora paulista, amante de museus, livros e pinturas que se deixa encantar facilmente pelo que há de mais genuíno nas pessoas. Ela acredita que palavras são mágicas, que através delas pode trazer pessoas, conceitos e lugares para bem pertinho do coração.

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