Quando a maratona de comédias românticas perde fôlego, um k-drama de tribunal com sangue frio na veia é exatamente o empurrão que faltava. Juvenile Justice ocupa esse espaço com folga: lançado em 2022, virou conversa global ao colocar o espectador cara a cara com decisões que ninguém gostaria de assinar.
Logo de saída, a série apresenta Shim Eun-seok, juíza brilhante e temida por sua franqueza cortante. Ela não disfarça: despreza jovens infratores e defende punições duras, sem apelo emocional. A postura, que parece inabalável, é testada quando ela é transferida para a Vara da Infância e Juventude.
No novo fórum, Eun-seok enfrenta, dia após dia, processos que vão muito além do texto frio da lei. Cada audiência traz famílias desestruturadas, escolas omissas, comunidades exaustas e um Estado que nem sempre chega a tempo. A juíza, acostumada a separar preto e branco, começa a esbarrar nos tons de cinza.
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A partir daí, a série aciona sua engrenagem mais incômoda: quanto pesa a responsabilidade de um adolescente em um ambiente que falhou com ele desde o começo?
Juvenile Justice não procura absolvições fáceis; cobra coerência do sistema e cobra também de quem julga. O espectador acompanha, caso a caso, o atrito entre punição exemplar e medidas que realmente mudam trajetórias.
O texto é de Kim Min-seok, nome conhecido por projetos populares como Mr. Plankton, Apaixonados na Cidade e Falling for Challenge. Ele retorna em breve com Ruídos (previsto para 9 de outubro), mas aqui já entrega um roteiro que equilibra procedimento jurídico com fricção moral suficiente para acionar discussões fora da tela.
Quem segura o eixo dramático é Kim Hye-soo, afiada como Eun-seok. A atriz transita entre dureza e vulnerabilidade sem perder o controle — e isso dá credibilidade às viradas da personagem.
Sua carreira tem pedigrê: Signal, A Menina do Guarda-Volume e o cultuado Três Extremos (2002) estão no currículo, e o acúmulo de experiência aparece em cada interrogatório.
Kim Mu-yeol, como Cha Tae-joo, funciona como contrapeso ético e pragmático, forçando debates que o público quer ouvir, mas que a protagonista evita. Lee Sung-min, no papel de Kang Won-joong, completa o trio com autoridade discreta e presença constante, mantendo a sala de audiências sob tensão mesmo nos silêncios.
Visualmente, a série aposta em corredores austeros, salas sem ornamentos e closes que prendem a respiração durante depoimentos. Nada é gratuito: a mise-en-scène seca combina com o peso das decisões e com o desconforto que a trama quer causar.
Se você busca um dorama que provoque, que exponha rachaduras de um sistema e que transforme cada sentença em pergunta, Juvenile Justice entrega o choque — e pede que você não olhe para outro lado. Disponível na Netflix.
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