O livro “A casa da mãe Joana“, de Reinaldo Pimenta, nos traz curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas num tom crítico, irreverente e satírico. Foi publicado pela Editora Campus – Rio de Janeiro, em 2002.
Abaixo, transcrevo a definição da palavra histeria:
“HISTERIA
Só em meados do século XX é que o machismo começou a perder força e se mostrar ridículo, simplesmente porque homens e mulheres não se davam conta dele, tão estranhado na nossa cultura. Uma vez que as palavras não se dissociam da realidade – muito pelo contrário – muitas delas refletem a pretensa superioridade do macho sobre a fêmea. Galinha ou vaca para uma mulher é uma ofensa; galo ou touro para um homem é elogio (garanhão). Mas quando o homem se prostitui, pronto, é galinha.
Com a palavra histeria deu-se coisa parecida. Veio do greto hystéra, útero, porque os antigos achavam que a histeria era causada por um desarranjo do útero e, portanto, tratava-se de um padecimento exclusivo das mulheres.
Na verdade, credite o absurdo mais à ignorância que ao machismo. Os antigos tinham muitas noções falsas sobre o corpo humano: o coração como sede da inteligência, o fígado como pêndulo do humor ECT. O genial filósofo e matemático francês, René Descartes ( 1596 a 1650), em seu estudos anatômicos, garantiu que a glândula pineal, no cérebro, seria o lugar da mente que “impele os espíritos para os poros do cérebro, que, então, os descarregam para os nervos e músculos”.
Nessa compota de absurdos, achar que a histeria era filha do útero não espantava ninguém. Mais tarde, o médico francês Louis Landouzy (1845 a 1917) assim definiu a histeria: “É uma neurose do aparelho gerador da mulher, repetindo-se por acessos apiréticios (sem febre) e tendo como sinal uma penosa sensação de estrangulamento”.
Não, minha senhora, furor uterino é outra coisa.”
Ficou interessado no filme?
Ano: 2012
Diretor: Tanya Wexler.
Roteiro: Stephen Dyer.
Elenco Principal: Maggie Gyllenhaal, Hugh Dancy, Rupert Everett, Jonathan Pryce, Felicity Jones.
Gênero: Comédia.
Nacionalidade: Reino Unido/França/Alemanha/Luxemburgo.
No século XIX, muitas mulheres eram diagnosticadas com histeria. Segundo o Dr. Robert Dalrymple (Jonathan Pryce), famoso especialista em medicina da mulher, essa doença exclusivamente feminina “dominava” quase que população feminina de Londres. Por acreditar que a origem do problema encontrava-se no útero, ele tratava suas pacientes com longas massagens na vagina, provocando assim um outro efeito, mais conhecido como prazer sexual. Ao dar oportunidade para que o jovem Dr. Mortimer Granville (Hugh Dancy) começasse a dar consultas no seu consultório, o local passa a receber cada vez mais pacientes, provocando no rapaz um grave problema nas mãos. Disposto a combater a dor crônica que sentia, ela acaba descobrindo em um aparelho criado por seu amigo e inventor Edmund St John-Smythe (Rupert Everett) uma solução que iria atender a ele e também as mulheres: um massageador elétrico. Baseado em fatos reais sobre a criação do aparelho, também conhecido nos dias atuais como vibrador, consolo, entre outros nomes. (Adoro Cinema)
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