Por Josie Conti
“O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las.”
Mario Sergio Cortella
A pergunta de hoje é: “Por que tantos intelectuais têm que ser chatos?” Uma coisa interessante que a experiência profissional e os anos de vida nos proporcionam é a oportunidade de conhecer e participar de diversos ambientes, grupos sociais e culturais. Nessas transições e caminhos encontramos uma porcentagem de pessoas espetaculares e acessíveis, tais como a pessoa que nunca deixa de nos dizer “Bom dia” e o “professor nato” que, com ou sem diploma, sempre tem algo a nos ensinar e explicar. Vemos também a beleza do legado quando, por observação, conhecemos como essas pessoas se comportam e interagem com os seus e como esses exemplos e comportamentos influenciam as gerações circundantes. Isso não tem preço!
Mas o negócio é o seguinte, na minha opinião, quem não cumprimenta o porteiro de seu prédio, por exemplo, não é digno de nenhum título de doutor, umas vez que doutor é um titulo respeitável e, quem não respeita, não é respeitável.
Essa semana mesmo estive num evento destinado a inclusão de pessoas com deficiência onde a palestrante, que fez questão de ser chamada de doutora, não teve humanidade e nem paciência suficiente para ouvir um dos espectadores que tinha paralisia cerebral: ele demandava tempo para compreensão. Ou seja, que raios de doutora no assunto é essa que é incapaz de ter uma escuta de qualidade num momento de troca com o seu interlocutor?
O mesmo acontece com os “letrados” em algumas áreas do conhecimento que nos olham com arrogância quando percebem que não possuímos o mesmo nível de conhecimento técnico. Mal percebem que a beleza está na capacidade de transmitir o conhecimento a quem quer que seja, da maneira que seja adequada e necessária para ser compreendido.
Mas aí lanço outra questão, quantos desses grupos e pessoas não se fecham em “ilhas” justamente para se diferenciarem e transmitirem um “pseudo” respeito e poder? Pois, se não sou compreendido, posso ser idealizado. Omito, logo não sou questionado ou esnobo, então não tenho que me esforçar para transmitir, o que é uma capacidade de muito poucos.
É claro, e preciso deixar isso evidente, que a arrogância intelectual e a prepotência NÃO são exclusividades dos grupos ditos “intelectualizados” porém, vou dar outro exemplo… O que significa um médico que não olha no rosto de seu paciente, que não o toca ou que fica claramente indignado quando é questionado sobre alguma de suas condutas? Ué, o paciente tem todo o direito de saber o que está acontecendo com o seu corpo e que tipo de medicamento irá tomar. E, se a linguagem técnica é ininteligível para ele, quem tem que se virar para traduzir é o dito “especialista”. Só isso, simples né?
Ah, mas me dirão que falta tempo, pois eu respondo: “Quantos segundos a musculatura do seu rosto demora para formar um sorriso? Quanto tempo seu pescoço leva para levantar sua cabeça e direcionar um olhar?
Ser humano não é acertar sempre, longe disso, mas ser humano é perceber nossas falhas e rever nossas prioridades para poder melhorar.
Como são raros os verdadeiros seres humanos.
É impossível não se emocionar com a história profundamente humana e as atuações fenomenais que…
"Ele mandou uma notificação sem autorização judicial informando que os pais dela ou pagarão a…
Dezessete anos se passaram desde que Madeleine McCann desapareceu do quarto de um resort na…
O pai alegou que obrigava seu filho de 6 anos a correr em uma esteira…
Na nossa análise exaustiva, mergulhamos na mecânica do Spribe's Aviator, analisando como o seu formato…
Na madrugada desta sexta-feira (3), a Secretaria de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro…