Faleceu nesta quinta-feira (11) a jornalista da GloboNews Cristiana Lôbo, aos 64 anos. Ela travava uma batalha contra o mieloma múltiplo, câncer que atinge as células da medula óssea chamadas plasmócitos.
A jornalista estava hospitalizada no Albert Einstein, em São Paulo, e a doença se agravou por causa de uma pneumonia contraída nos últimos dias.
Os plasmócitos são respondem pela produção de anticorpos que atuam contra vírus e bactérias, fundamentais para o bom funcionamento do sistema imunológico. Assim que o mieloma múltiplo se manifesta, essas células têm a forma alterada e se multiplicam mais que o normal, o que afeta outras células do sangue.
Wellington Azevedo, hematologista do Grupo Oncoclínicas Belo Horizonte, explica que, quando expostos a um antígeno (corpo estranho), os linfócitos B, presentes na medula óssea, se transformam em plasmócitos, que produzem os anticorpos. A doença acontece quando esse fenômeno de divisão celular se dá de forma errada, em uma explicação didática, gerando uma malignização do processo, com a formação de células defeituosas e tóxicas ao organismo.
Num primeiro momento, os sinais do distúrbio são inespecíficos – pode haver dor e cansaço, palidez e perda de peso, por exemplo – e por isso detectar a doença pode não ser tão simples em muitos casos. Com o diagnóstico complicado, muitas vezes quando o câncer é descoberto já está em em estágio agravado, conta o especialista.
Entre outras complicações, também a fragilidade nos ossos (em alguns casos, podem ocorrer fraturas variadas), insuficiência renal, anemia, linfócitos e plaquetas baixos, continua o médico. “Isso diminui a defesa a infecções e propicia o surgimento, por exemplo, de pneumonia, como foi o caso da jornalista”, diz Wellington.
Os médicos não são unânimes sobre o que gera o mieloma múltiplo, nem sobre maneiras de preveni-lo. O que se sabe é que a maioria dos indivíduos que desenvolvem a enfermidade têm a partir de 60 anos, sendo mais raro entre os mais jovens; além disso, o problema acomete predominantemente os homens, como pontua o hemologista.
O mileoma múltiplo é um tipo de câncer que se comporta de forma distinta conforme o paciente. Ao mesmo tempo em que em algumas pessoas é bastante agressivo, em outras pode até mesmo dispensar o tratamento por muito tempo. A doença corresponde a 10% dos casos de cânceres das células do sangue e 1% de todos os tipos de câncer.
“É uma doença incurável. Toda vez que a pessoa tem uma fratura mal explicada, especialmente os mais idosos, um problema renal ou uma anemia, o médico deve considerar o mieloma e investigar. Importante é não gerar pânico e achar que qualquer coisa pode ser a doença. Muitas vezes pode ser confundida com uma osteoporose comum”, conclui Wellington.
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Redação Conti Outra, com informações de Estado de Minas.
Foto destacada: Reprodução/GloboNews.
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