Imagens de satélites mostram que, nos últimos dias, uma mancha marrom cobre parte do Oceano Atlântico, encobrindo uma região que vai da África até o Caribe. Trata-se de uma nuvem de ar muito seco e com poeira do deserto do Saara, que já percorreu mais de 5 mil quilômetros pelo mar até o Caribe, passando por terra em partes dos continentes americanos, como a Venezuela.
Chamado por alguns especialistas de “nuvem de poeira Godzilla”, o fenômeno é recorrente a cada ano e parece ter se intensificado em 2020. No Caribe, os efeitos já vem sendo sentidos. No intuito de evitar problemas decorrentes da poeira, há a recomendação para que as pessoas usem máscaras e evitem atividades ao ar livre. Navios também já foram notificados sobre a baixa visibilidade para navegação na região.
Segundo Olga Mayol, especialista do Instituto de Estudos de Ecossistemas Tropicais da Universidade de Porto Rico, a nuvem de poeira Godzilla tem uma concentração mais alta de partículas de poeira observadas na região em comparação com os últimos 50 anos.
A previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) é que a coluna de poeira do Saara continuará a se mover em direção ao oeste pelo Mar do Caribe, alcançando áreas do norte da América do Sul, América Central e da Costa do Golfo dos Estados Unidos nos próximos dias.
Diversos países da área já registraram a presença da poeira do Saara e alguns usuários das redes sociais compartilharam imagens de paisagens alteradas pela nuvem, algumas com intensas cores diferentes no amanhecer e no entardecer.
A chegada à América da nuvem de poeira do Saara não é incomum e ocorre várias vezes ao ano. No entanto, segundo os meteorologistas, a nuvem atual é uma das mais densas em meio século.
No contexto atual, com a epidemia do coronavírus, as autoridades sanitárias de alguns países têm alertado sobre o risco extra da nuvem de poeira para pessoas com problemas respiratórios.
No domingo, o departamento de Saúde de Porto Rico alertou que pessoas com asma, problemas respiratórios e alergias, assim como aqueles que foram contaminados com covid-19, deveriam tomar medidas extras de cautela e proteção.
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Imagem de capa: Nuvem se formou no continente africano e atravessou o oceano — Foto: NOAA/ BBC
Redação CONTI outra. Com informações de G1
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