Marcel Camargo

Não sabermos o nosso valor pode nos custar caro

Nossa jornada nos promoverá os mais variados tipos de encontros, com pessoas diversas, com quem passaremos mais ou menos tempo, algumas dispostas a somar, outras dispostas a sugar e muitas nem dispostas a uma coisa nem a outra. Estaremos sujeitos a nos decepcionarmos, a sermos ofendidos, mal entendidos, a receber muito menos do que poderíamos e de forma muitas vezes dolorida. Portanto, estarmos seguros quanto ao nosso valor como pessoa, como ser humano, irá nos defender contra os constantes ataques à nossa autoestima.

Um dos maiores favores que faremos a nós mesmos será o fortalecimento de nossas convicções, de nossas certezas, daquilo tudo que constitui as nossas verdades, para que possamos atravessar, com segurança e retidão, as contrariedades que nos empurrarão vida afora. Da mesma forma, essas certezas solidificadas dentro de nós, ainda que passem por abalos de dúvidas durante as tempestades afetivas de nosso caminhar, serão sustentáculos firmes, capazes de nos reerguer e de nos retirar das demoras nas escuridões de nossa essência, quando dos ventos emocionais contrários.

Importante, nesse sentido, não fugirmos ao enfrentamento dos confrontos que se nos impõem pela frente, uma vez que deles sairemos mais fortes e certos quanto àquilo tudo em que acreditamos. Isso porque as arestas terão sido aparadas, as dissonâncias terão sido acomodadas, os incômodos discutidos e as pendências resgatadas. Conversar e expor o que incomoda, o que trava e precisa ser mudado, analisado e superado, é um exercício que nos assegura a manutenção de nossas verdades, de nosso valor enfim.

Embora seja um tema batido, nunca será demais lembrar que o amor próprio, a valorização de si mesmo, manter firmes as certezas que não nos deixam vulneráveis diante das negativas e das contrariedades que questionarão o nosso viver, isso tudo nos poupará de inseguranças e da anulação do que faz parte do que somos, do que temos de mais precioso e único. Abrir mão de nossos sonhos de vida por conta do medo frente aos questionamentos alheios cortará nosso eu pela metade, diminuindo-nos naquilo que necessitamos exatamente expandir e espalhar.

Poderemos estar errados em muitos momentos, o que nos exigirá coragem para deixarmos para trás algumas convicções e construir novas certezas, pois é assim que a gente cresce e segue sem paradas demoradas e inúteis. Portanto, tanto para confirmarmos o que fica, como para abrirmos mão do que emperra, será necessário que tenhamos a segurança necessária para que nosso valor não seja diminuído por quem não sabe fazer outra coisa que não seja menosprezar as pessoas.

Valorize-se: você é único, especial e merece respeito, nada menos do que isso. Assim seja.

Imagem de capa: katielittle/shutterstock

Marcel Camargo

"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.

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