Ninguém é capaz de prever o impacto das palavras. A alma poética de Mia Couto atravessou fronteiras e mares, isso é sabido. O que poucos sabem é que foi por tal poesia que Deus fez nascer o Atlântico.
PANGEIA POÉTICA
…………………….Para Mia Couto
No princípio
Éramos juntos
E viu Deus que isso era bom.
Mas angustiei-me de alegria em excesso
E, em triste manhã,
Não li,
Não senti,
Eu não sonhei os teus versos.
Deus, desiludido de mim,
Em ação irrefletida e forte,
Fez abrir uma fenda estranha,
(Tenebroso castigo)
Entre o teu continente e o meu:
Assim nasceu o Atlântico.
Fiz-me vã vereda do céu,
Enterrei-me de abismos,
Envenenei-me de mar.
Assaltei as asas do tempo,
E sobrevoei os ventos que vieram dos cimos do sonho:
Sempre estive a procurar por ti.
E que assim compreendas
A emoção que nestas páginas verti:
É a emoção de dedilhar os teus versos.
O teu poema é poesia de espera
Pela qual procurei
Pelos veios de todas as eras.
Nara Rúbia Ribeiro
Gyn, 2009
Escritora, advogada e professora universitária.
Administradora da página oficial do escritor moçambicano Mia Couto.
No Facebook: Escritos de Nara Rúbia Ribeiro
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