JORNALISMO

Médico se recusou a ligar as trompas de uma mulher porque ela não era casada

Por mais que tenhamos tentado combatê-lo nos últimos anos – e temos feito grandes avanços nesse sentido – o machismo ainda está muito presente em nosso dia a dia.

Um exemplo disso é o caso de Sarah-Jo Baskin, que usou o TikTok para relatar aos seus seguidores um caso explícito de machismo vivido por ela. Na situação que ela narra em vídeo na rede social, lhe foi negado o direito de decidir o que fazer com seu próprio corpo.

Sarah-Jo teve seu segundo filho aos 27 anos, em um parto muito complicado que colocou ela e seu bebê em grave risco. Devido ao parto traumático, ela decidiu que não queria mais ter filhos.

“Eu tinha acabado de ter meu segundo filho e estava conversando com o médico sobre ligar minhas trompas, porque naquele momento eu não queria mais bebês. O parto quase tirou a vida do meu filho, então eu disse: ‘Não, eu não quero mais.’, relatou Sarah-Jo Baskin no vídeo viral do TikTok.

A ligadura da trompa de Falópio é um método permanente de controle de natalidade. Ou seja, a menos que algo excepcional aconteça, a mulher não poderá engravidar novamente.

Mas, apesar de Sarah estar convicta em sua decisão de realizar o procedimento, e ciente das implicações, o médico a quem ela consultou se recusou a fazer o procedimento.

Como ela mesma narra no vídeo, o médico se recusou a fazer a ligadura porque Sarah-Jo não era casada, alegando que “ela não deveria tomar essa decisão sozinha” e que “é melhor que um homem e uma mulher tomem essa decisão juntos”.

Em descrença, Sarah-Jo relutou e perguntou a ela o que importava se ela não era casada, dizendo ao médico que o seu corpo só pertencia a si mesma e que ela queria ligar suas trompas. Mas, de acordo com seu relato, o médico teria dito a ela: “Não vou fazer a ligação das trompas, não concordo que as mulheres tomem essa decisão”.

Reagindo à história contada por Sarah no TikTok, muitos usuários da rede questionaram se o médico teria feito o mesmo caso um homem pedisse uma vasectomia. Outros, entretanto, esperavam que Sarah-Jo tivesse denunciado o médico às autoridades do hospital por sua falta de respeito.

Este é mais um episódio de machismo em uma sociedade que ainda incorre no erro de tratar a mulher como um mero objeto das ambições e necessidades do homem. Mas essa caminhada não termina aqui e esperamos que cada vez mais mulheres como Sarah-Jo tenham voz para defendender sua autonomia e e fazer valer as suas vontades.

***
Redação Conti Outra, com informações de UPSOCL.
Fotos: TikTok: @bfeedingmomma

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