Confesso que há coisas que não entendendo e, por mais que eu me esforce, elas parecem ser, cada vez mais, incoerentes. Batata frita com ketchup, sorvete com calda quente e relacionamentos turbulentos são algumas delas.
Parece inacreditável, mas há pessoas que consideram normal o ciclo: namorar – terminar – trair – agredir – voltar a namorar. Pessoas que, por motivos desconhecidos, encaram situações degradantes como rotina e não enxergam que merecem muito mais do que estão acostumadas a aceitar.
Relacionamentos não são fáceis, já que o convívio com personalidades diferentes exige maturidade, equilíbrio e paciência. O grande problema é que, enquanto para alguns o amor é encarado como libertador, para outros são verdadeiras algemas.
Toda vez que esse assunto vem à tona, me recordo de Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas: “Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”.
Algumas verdades ensinadas como absolutas deveriam ser extintas da sociedade. “Ciúmes é prova de amor”, “o amor basta para um relacionamento feliz” e “traição é normal” são exemplos disso. Agressões, sejam elas verbais ou físicas, nunca foram normais. Gritos não são demonstrações de afeto e ciúmes não dá o direito de aprisionar quem se ama.
Sob uma análise racional, relacionamentos deveriam trazer paz aos corações e não uma desordem generalizada. A verdade é uma só: quando um relacionamento não te dá paz, ele te tira ela. “Os relacionamentos são como vitamina C: em altas doses, provocam náuseas e podem prejudicar a saúde” (Zygmunt Bauman).
Distância, desentendimentos e diferenças cansam. A gente começa a enxergar mais defeitos que qualidades e a entender que, em alma cansada, amor não faz pouso.
Relacionamentos existem para que possamos crescer em maturidade e princípios. Fechar os olhos para as relações tóxicas, permitir agressões e ser submisso à maldade, é como injetar veneno nas próprias veias e acreditar não ser uma atitude fatal.
Não se engane: amores ruins existem! Porém, é possível identificá-los e não permitir que fortes traumas se alojem na alma. Muitas vezes, inteligência emocional é só uma questão de percepção.
Imagem de capa: fizkes/shutterstock
É impossível não se emocionar com a história profundamente humana e as atuações fenomenais que…
"Ele mandou uma notificação sem autorização judicial informando que os pais dela ou pagarão a…
Dezessete anos se passaram desde que Madeleine McCann desapareceu do quarto de um resort na…
O pai alegou que obrigava seu filho de 6 anos a correr em uma esteira…
Na nossa análise exaustiva, mergulhamos na mecânica do Spribe's Aviator, analisando como o seu formato…
Na madrugada desta sexta-feira (3), a Secretaria de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro…