Por Leonardo Maggioni, via LAR

Dificilmente você vai ouvir um pai ou uma mãe admitindo que tem um filho favorito.

Ter mais empatia com um dos filhos, por incrível que pareça, é normal, embora a maioria dos pais não reconheça isso, por acreditarem estar cometendo um erro grave. E essa maior identificação não quer dizer que um dos filhos é mais amado do que o outro filho.

Assim, como na escola ou trabalho, na família também é natural ter mais afinidade com algumas pessoas e isso pode variar durante a vida, de acordo com interesses comuns daquele momento da vida dos personagens envolvidos. Uma criança pode ser mais atraente do que outra tanto por se parecer com o pai ou a mãe fisicamente ou pelo comportamento.

Óbvio que cada família funciona de um jeito, e não existe receita pronta para esses dilemas. Essas afinidades podem se modificar com o passar dos tempos, a chegada de um novo filho por exemplo pode fazer o predileto perder o posto.

Embora natural, essas preferências podem apresentar algumas armadilhas, pois é preciso atenção dos responsáveis para que a educação e o tratamento não sejam diferentes de uma forma que um dos filhos se sinta depreciado em relação ao outro. Tentar compensar a culpa dando mais atenção ao filho “preterido” também pode ser perigoso.

O ideal é que os pais possam respeitar o espaço dos filhos e sempre que possível identificar o que pode aproximar o contato com cada um deles, seja o futebol, o interesse pelo cinema, jogos, desenhar. Esses são exemplos que ajudam nessa aproximação.

Existem situações que realmente demandam uma maior atenção dos responsáveis, como em casos de doenças, problemas físicos ou psicológicos, nesses casos os pais devem conversar com os demais filhos e explicar que o irmão recebera uma maior atenção e que isso não tem relação com o amor que sente por eles. Geralmente as crianças aceitam e entendem essas situações, ainda assim os pais devem ficar atento e, em casos de dificuldades, procurar ajuda.

Envolve-los nesse processo de cuidar também pode ser uma saída para a resolução desse conflito.

Diversos profissionais apresentam teorias sobre os possíveis efeitos nas vidas, seja na do preferido, preterido ou dos pais. Mas, como dito anteriormente, cada família e indivíduo tem um funcionamento, por isso não pretendo tratar desses efeitos nesse momento. Quando sinalizado que isso se tornou um problema, a orientação é que a família procure ajuda profissional, para avaliação do caso.

Um fato curioso nessa reflexão que proponho é que, embora muitos pais neguem essa maior afinidade com um dos filhos, acredito que se perguntado se os pais deles tinham preferência por ele ou algum de seus irmãos, a resposta será positiva. Logo a conta não fecha.

No final das contas…

“Ter um filho favorito não é uma violação de um código moral. Um pai não é igual a uma mãe. E um filho não é igual ao outro.” Ellen Libby.

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