Esse filme da Netflix reaviva a fé em milagres através de emoções e beleza

Filmes que despertam reflexões morais sempre encontram um público ávido, e Milagre Azul (2021), dirigido por Julio Quintana, é mais uma obra que busca tocar as almas por meio de lições de vida. Disponível na Netflix, o longa oferece 96 minutos de uma jornada emocional que, embora siga a estrutura tradicional de dramas inspiradores, surpreende pela sua beleza visual e delicadeza narrativa.

O que diferencia Milagre Azul de outras produções com uma temática semelhante é o uso habilidoso da fotografia. Santiago Benet Mari, diretor de fotografia, faz com que as paisagens e o mar tornem-se protagonistas silenciosos, usando uma paleta de tons azuis para refletir as emoções profundas dos personagens. A ambientação em Cabo San Lucas, no México, com seus cenários naturais exuberantes, adiciona um toque melancólico e suave à história, em perfeita harmonia com os temas de liberdade, superação e pertencimento que permeiam o enredo.

A trama gira em torno de Papa Omar, vivido por Jimmy Gonzales, o dedicado coordenador da Casa Hogar, um orfanato local ameaçado de fechar por falta de fundos. Para evitar o encerramento da instituição, Omar encontra uma oportunidade no prestigiado Torneio Bisbee, uma das maiores competições de pesca esportiva do mundo. Com a ajuda de Wade Malloy, interpretado por Dennis Quaid, um pescador experiente, mas atormentado por tragédias pessoais, Omar e um grupo de órfãos entram na competição em busca de uma captura milagrosa que pode salvar o orfanato.

Com atuações sólidas e um enredo que equilibra drama e esperança, Milagre Azul é um convite para acreditar que, às vezes, os milagres estão nas coisas simples da vida.