Se a gente fosse listar os vilões discretos da rotina, aqueles que “moram” na despensa, participam de quase todo encontro com amigos e ainda aparecem como recompensa num dia pesado, boa parte da lista abaixo estaria lá.
Foi exatamente isso que o cirurgião cardiovascular Dr. Sergio Francisco, do programa Café com Cardio, fez: reuniu 11 alimentos que detonam o coração quando aparecem em excesso na dieta do brasileiro.
A graça é que não estamos falando de coisas raras, e sim de itens que você provavelmente já consumiu esta semana.
O primeiro da lista é o açúcar. Quando ele passa a aparecer em tudo — café adoçado, sobremesa, bolinho “inocente” no meio da tarde — o resultado é um combo perigoso: ganho de peso, resistência à insulina, aumento do risco de diabetes tipo 2 e inflamação crônica.
Tudo isso bagunça as artérias e aumenta a chance de entupimentos, o famoso risco cardiovascular que tanto se tenta evitar em consultório.
Na mesma linha vêm os sucos artificiais de caixinha. A embalagem vende uma história de fruta, mas o copo traz outra: água, açúcar e aditivos. Falta fibra, sobram calorias vazias.
O corpo recebe uma pancada de glicose de uma vez, o pâncreas trabalha dobrado e, com o tempo, isso pesa na balança e no coração. Não é suco de laranja espremido na hora: é refrigerante disfarçado de saudável.
Falando em disfarce, o refrigerante já nem tenta se esconder.
Versão normal traz açúcar em dose cavalar; versão “zero” corta o açúcar, mas entra com adoçantes artificiais, que também vêm sendo associados a alterações metabólicas e aumento de risco cardiovascular em alguns estudos.
Some tudo isso ao hábito de trocar água por refri no dia a dia, e o coração perde de goleada.
Outro clássico da prateleira de mercado é o biscoito recheado. Aqui, o problema é um trio: farinha refinada, açúcar e gorduras ruins, muitas vezes com alto teor de gordura saturada e sódio.
O resultado é um lanche que parece pequeno, mas que “pesa” muito em inflamação, aumento de triglicérides e ganho de gordura abdominal, todos fatores que abrem caminho para infarto e derrame.
O famoso creme de avelã, no estilo Nutella, também entrou na mira do médico. O marketing destaca a avelã e o cacau, mas o rótulo mostra outra realidade: o produto é basicamente açúcar e gordura, com proteína quase nula e muita caloria.
Passar uma camada generosa no pão todo dia é um jeito rápido de acumular gordura e aumentar o risco de síndrome metabólica, que é terreno fértil para doença cardíaca.
Na parte gelada da história, o sorvete aparece como sobremesa “inofensiva”, mas na prática mistura açúcar em alta quantidade, gordura saturada (principalmente nas versões à base de creme de leite) e, muitas vezes, xarope de glicose e aditivos.
É o tipo de alimento que eleva a glicemia, dispara a insulina, contribui para o ganho de peso e, com o uso frequente, ajuda a empurrar colesterol e triglicérides para cima.
O macarrão instantâneo, o famoso miojo, merece atenção especial.
Além da massa feita com farinha refinada, o grande problema está no sachê de tempero: sódio em níveis absurdos, gorduras de má qualidade e aditivos.
O consumo frequente é um convite à pressão alta, retenção de líquido e sobrecarga no sistema cardiovascular. É prático, mas essa praticidade costuma cobrar caro lá na frente.
Quando se fala em bebidas alcoólicas, o médico reforça um ponto incômodo: a cultura de “tomar só para relaxar” esconde o acúmulo.
Mesmo em pessoas que não exageram ao ponto de embriaguez, o álcool aumenta pressão arterial, altera o ritmo cardíaco, inflama o fígado e bagunça o metabolismo de gorduras.
Em quem já tem predisposição ou histórico familiar de problema no coração, o risco sobe ainda mais, principalmente quando o consumo é constante.
Os embutidos — salsicha, salame, linguiça, presunto, mortadela — reúnem praticamente tudo o que o coração não gosta: muito sal, gordura saturada, aditivos como nitritos e nitratos.
Esse combo está associado a maior risco de hipertensão, doença arterial coronariana e até alguns tipos de câncer.
Aquela “lingüicinha” de fim de semana, quando vira rotina, pesa muito mais do que parece no prato.
Os nuggets entram no mesmo pacote de preocupação. Feitos com carne processada, empanados em farinha refinada e geralmente fritos em óleo reutilizado, entregam alto teor de gordura ruim, sódio e calorias.
São pensados para serem rápidos e agradarem ao paladar, especialmente de crianças, mas a longo prazo empurram o colesterol para cima e favorecem processos inflamatórios que afetam diretamente o coração.
Por fim, o toucinho — presença garantida em feijoadas, torresmos e receitas típicas — fecha a lista.
Por ser rico em gordura saturada e, em muitos casos, preparado em frituras intensas, contribui para o aumento do LDL (o “colesterol ruim”), formação de placas nas artérias e agravamento da aterosclerose.
Para quem já tem diagnóstico de doença cardíaca, esse tipo de alimento costuma ser um dos primeiros a ser cortado ou restringido pelo cardiologista.
A mensagem do Dr. Sergio Francisco, ao organizar essa lista, não é apenas apontar o dedo para cada alimento, mas mostrar que a frequência e a combinação deles no dia a dia é que colocam o coração em risco.
Quanto mais esses itens ocupam espaço no prato, menos sobra lugar para comidas que protegem o sistema cardiovascular, como frutas, legumes, grãos integrais e gorduras boas.
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Fonte: Café com Cardio
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