O azeite que vai para a salada e para a frigideira ganhou um status curioso em 2025: ao mesmo tempo em que é vendido como “ouro líquido” da cozinha, virou caso de polícia sanitária.
Depois de uma série de operações, o governo federal decidiu tirar de circulação mais quatro marcas, reforçando a mensagem de que, no Brasil, nem toda garrafa que se vende como azeite de oliva entrega o que promete.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de lotes de quatro marcas: Royal, Godio, La Vitta e Santa Lúcia.
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Análises feitas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária encontraram, nessas garrafas, misturas com outros óleos vegetais, em vez de azeite de oliva puro.
Resultado: os produtos foram desclassificados, considerados fraudados e impróprios para consumo, e a venda passou a ser tratada como infração grave.
Na prática, a fraude funciona assim: o consumidor paga por um produto que deveria ser 100% azeite de oliva, normalmente mais caro, mas recebe um blend com óleos mais baratos, como soja ou outros vegetais.
Além do golpe econômico, há um risco de saúde quando a origem e as condições de produção desses óleos não são claras, algo que vem aparecendo com frequência nos laudos oficiais.
Essas quatro marcas novas se somam a uma lista que explodiu ao longo de 2025. Segundo dados de Mapa e Anvisa, pelo menos 22 a 25 marcas de azeite foram alvo de proibição total ou de vetos a determinados lotes neste ano.
Entre elas aparecem nomes como Azapa, Doma, Alonso, Quintas D’Oliveira, Almazara, Escarpas das Oliveiras, La Ventosa, Grego Santorini, Málaga, Serrano, Casa do Azeite, Ouro Negro, Vale dos Vinhedos, Villa Glória, Terra de Olivos, Campo Ourique e outras.
O histórico mostra que o problema não está ligado só à mistura de óleos. Em vários casos, a Anvisa apontou CNPJ encerrado ou irregular, origem desconhecida do produto, problemas sanitários nas instalações, rotulagem enganosa e ausência de licenças obrigatórias.
Em alguns processos, o governo fala em “risco à saúde pública”, justamente porque não é possível garantir o que, de fato, o consumidor está levando para casa.
O Mapa lembra que o azeite de oliva é considerado um dos alimentos mais fraudados do mundo, perdendo só para o pescado.
No Brasil, a combinação de preço alto, demanda forte e baixa familiaridade da maioria dos consumidores com os detalhes técnicos do produto abre espaço para quem tenta lucrar com adulterações e falsificações.
Diante do novo bloqueio, o recado das autoridades é direto para quem já tem uma das marcas envolvidas na despensa: pare de usar imediatamente, guarde a nota fiscal se tiver e procure o estabelecimento onde comprou o produto para pedir substituição ou reembolso, amparado pelo Código de Defesa do Consumidor.
Paralelamente, o governo orienta que denúncias sobre venda desses azeites continuem sendo feitas pelo canal oficial Fala.BR, informando nome do produto e endereço do ponto de venda.
Na hora de comprar, o consumidor é chamado a ser um pouco mais desconfiado.
As recomendações mais repetidas pelo Mapa e pela Anvisa são: evitar preços muito abaixo da média, não comprar azeite a granel, conferir com atenção o rótulo (incluindo CNPJ ativo, país de origem e data de envase) e, sempre que possível, consultar as listas atualizadas de marcas proibidas nos sites oficiais dos dois órgãos antes de colocar a garrafa no carrinho.
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Fonte: ASSERJ
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