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Alimentos ultraprocessados estão ligados à diminuição de expectativa de vida; saiba quais são eles

Novos estudos dão conta de que alimentos ultraprocessados – como nuggets de frango, sorvetes e cereais matinais – estão associados à diminuição de expectativa de vida e a problemas de saúde. De acordo cientistas da França e da Espanha, a ingestão desse tipo de comida disparou nos últimos anos.

Não é possível concluir definitivamente que esses alimentos fazem mal, entretanto, as descobertas foram baseadas em uma série de testes, que indicam que os alimentos ultraprocessados realmente induzem pessoas a comer em excesso. Especialistas recomendam cautela em relação às conclusões, mas defendem mais pesquisas sobre o assunto.

Os alimentos ultraprocessados são assim denominados devido à quantidade de processamento industrial que passaram. Estes alimentos muitas vezes têm uma infinidade de ingredientes em sua composição, incluindo conservantes, edulcorantes ou intensificadores de cor.

Maira Bes-Rastrollo, da Universidade de Navarra, na Espanha, disse à BBC News: “Dizemos que se um produto contém mais de cinco ingredientes, provavelmente é considerado ultraprocessado”.

Alguns exemplos deste tipo de alimento são:

● carne processada, como salsichas e hambúrgueres
● cereais matinais ou barras de cereal
● sopas instantâneas
● bebidas açucaradas
● nuggets de frango
● bolo
● chocolate
● sorvete
● pão produzido em larga escala
● refeições prontas, como tortas e pizza
● shakes que substituem refeições

Resultados

O primeiro estudo sobre as consequências da ingestão de alimentos ultraprocessados, realizado pela Universidade de Navarra, acompanhou 19.899 pessoas durante uma década e avaliou sua dieta a cada dois anos. Durante o estudo, 335 participantes morreram.

Para cada 10 mortes entre os que comeram menos alimentos ultraprocessados, houve 16 mortes entre os que comeram mais alimentos desse tipo (mais de quatro porções por dia).

O segundo estudo, da Universidade de Paris, acompanhou 105.159 pessoas durante cinco anos e avaliou sua dieta duas vezes por ano. A pesquisa mostrou que aqueles que comem mais alimentos ultraprocessados tiveram mais problemas cardíacos.

As taxas de doença cardiovascular foram de 277 por 100 mil pessoas por ano entre aqueles que consumiram os alimentos mais ultraprocessados, comparados com 242 por 100 mil entre aqueles que comeram menos.

Mathilde Touvier, da Universidade de Paris, diz à BBC News: “O rápido e crescente consumo mundial de alimentos ultraprocessados, em detrimento de alimentos menos processados, pode gerar um número maior de doenças cardiovasculares nas próximas décadas”.

Questionada pela BBC News se os alimentos ultraprocessados realmente prejudicam a saúde, Mathilde Touvier disse: “Há cada vez mais provas disso”.
“Um número crescente de estudos independentes vem associando alimentos ultraprocessados a efeitos adversos à saúde”.

No ano passado, foi verificada uma ligação entre o consumo desses alimentos ao maior risco de câncer.

Bes-Rastrollo, da Universidade de Navarra, diz à BBC News estar “muito segura” de que eles trazem malefícios à saúde. O desafio é estar “100% seguro”.

Os estudos identificaram um padrão entre alimentos altamente processados e problemas de saúde, mas ainda não conseguem comprovar com 100% de certeza de que um provoca o outro.

Isso porque quem comia alimentos mais ultraprocessados também era mais propenso a ter outros comportamentos não saudáveis, como o tabagismo.

Por que os alimentos ultraprocessados podem ser ruins?

O primeiro teste de alimentos ultraprocessados mostrou que eles levavam as pessoas a comer mais e engordar.

Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA monitoraram cada porção de comida que os voluntários comeram durante um mês.

Quando comiam alimentos ultraprocessados, acabavam ingerindo 500 calorias a mais por dia do que quando comiam alimentos não processados.

Os estudos sobre as consequências da ingestão de alimentos ultraprocessados foram publicados na revista científica British Medical Journal.

***

Redação CONTI outra. Com informações de G1

Imagem de Benjamin Balazs por Pixabay

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