Muitas pessoas sentem, desde cedo, que serão rejeitadas — mesmo quando ninguém explicitamente rejeita. Essa sensação persistente pode tornar-se um padrão inconsciente, afetando todos os relacionamentos futuros. Psicólogos clínicos, de maneira popular, vêm chamando esse fenômeno de “Síndrome da Rejeição Programada”: um padrão de espera pelo abandono ou rejeição que se manifesta repetidamente, mesmo em situações seguras.
Como observa a psicóloga Josie Conti,
“Muitas vezes não é o outro que nos rejeita, mas o nosso mundo interno que já se prepara para o abandono, antecipando a dor.”
Essa síndrome não é apenas uma sensação subjetiva: ela cria padrões de comportamento, percepção e emoção que podem ser destrutivos para a autoestima e o bem-estar.
Do ponto de vista psicodinâmico, a síndrome envolve:
Experiências de rejeição na infância ou adolescência moldam expectativas internas. Mesmo que o outro não rejeite, a vítima age como se o abandono fosse inevitável.
A pessoa se prende em ciclos de ansiedade, hipervigilância e medo de abandono, influenciando escolhas e interpretações de comportamentos alheios.
A vítima se sente responsável pela rejeição — real ou imaginária — reforçando sentimentos de inadequação.
Inconscientemente, a pessoa pode criar situações que confirmem sua expectativa de rejeição, mantendo o padrão.
Idealização do outro
A relação começa cheia de expectativa e esperança.
Percepção de sinais sutis de afastamento
O inconsciente interpreta qualquer gesto como potencial rejeição.
Ansiedade e vigilância
A pessoa observa cada detalhe do outro, procurando indícios de abandono.
Autossabotagem ou afastamento
Para confirmar a profecia interna, a vítima pode agir de maneira defensiva ou se afastar emocionalmente.
Reforço do padrão
A sensação de rejeição é internalizada e fortalece o ciclo para relações futuras.
Pesquisas sobre apego inseguro e repetição de experiências de rejeição confirmam que indivíduos com histórico de trauma emocional tendem a antecipar rejeição e reproduzir padrões de abandono.
Um estudo publicado na Journal of Social and Personal Relationships (2020) analisou como experiências passadas de rejeição influenciam percepções de rejeição em relacionamentos adultos e mostrou que traumas emocionais prévios podem programar expectativas inconscientes de abandono, mesmo quando o parceiro atual não apresenta comportamentos rejeitadores.
Medo intenso de abandono ou rejeição
Interpretação negativa de gestos neutros do outro
Autoisolamento ou afastamento preventivo
Dificuldade de confiar em vínculos afetivos
Perfeccionismo ou excesso de agradar para evitar rejeição
Sentimentos persistentes de inadequação ou inferioridade
Repetição de padrões de rejeição em diferentes relacionamentos
O primeiro passo é identificar que a percepção de rejeição nem sempre reflete a realidade externa.
A psicoterapia psicodinâmica ajuda a reorganizar vínculos internos, permitindo uma percepção mais realista das relações.
Se você sente medo ou tristeza, esses sentimentos são legítimos, mesmo que inconscientes.
Compartilhar experiências com pessoas seguras reforça confiança e reduz a sensação de abandono iminente.
Com suporte terapêutico, é possível ressignificar traumas antigos e criar padrões emocionais mais saudáveis.
A Síndrome da Rejeição Programada impacta tanto a vida afetiva quanto profissional e social.
A psicodinâmica mostra que não é apenas o outro que nos rejeita, mas nosso próprio mundo interno que já se prepara para a dor, criando padrões difíceis de quebrar sem ajuda especializada.
“Reconhecer o próprio padrão de antecipação da rejeição é o primeiro passo para viver vínculos mais seguros e gratificantes.” Josie Conti, psicóloga
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