Uma amostra batizada de Sapphire Canyon, coletada pelo rover Perseverance no leito da antiga cratera Jezero, trouxe uma possibilidade empolgante: a química do material aponta para processos que, na Terra, costumam estar ligados à atividade de microrganismos.
O anúncio foi detalhado pela Nasa e acompanhado de artigo na Nature, recolocando a pergunta de sempre em novos termos.
O ponto de partida é Neretva Vallis, vale que, há bilhões de anos, desaguava no lago de 45 km que ocupava Jezero. Dali saiu a rocha que agora concentra as atenções — um fragmento que funciona como cápsula do tempo de ambientes aquáticos antigos, potencialmente ricos em matéria orgânica.
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Nos laboratórios de missão, os instrumentos identificaram vivianita (fosfato de ferro) e greigita (sulfeto de ferro).
Em contextos terrestres, minerais assim costumam aparecer em deltas, lagoas e áreas úmidas pobres em oxigênio, muitas vezes formados como subprodutos de reações químicas associadas à decomposição de matéria orgânica realizada por micróbios.
Como explicou Joel Hurowitz (Universidade Stony Brook), reações desse tipo, no nosso planeta, são “frequentemente impulsionadas por microrganismos” — o que torna a combinação de minerais e contexto geológico especialmente sugestiva.
Em termos práticos, a amostra indica que processos semelhantes aos biológicos podem ter ocorrido no passado marciano.
Cautela, porém, é regra. Assinaturas químicas podem nascer sem vida envolvida, por exemplo em ambientes ácidos ou de alta temperatura capazes de produzir minerais parecidos.
Por isso, a equipe reforça que apenas análises em laboratórios na Terra poderão determinar a origem exata desses sinais, como destacou Katie Stack Morgan, do projeto Perseverance: alegações sobre vida exigem um patamar extraordinário de evidências.
Desde 2021 em Marte, o Perseverance selou 30 amostras e ainda tem espaço para mais seis. A ideia é trazê-las no programa Mars Sample Return, parceria Nasa–ESA, hoje em revisão por causa de atrasos e custos crescentes (com estudo de opções comerciais para acelerar e baratear a logística).
Enquanto isso, cada novo tubo coletado refina o mapa químico de Jezero — e aumenta as chances de um teste definitivo aqui, no nosso laboratório natural chamado Terra.
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