tecnologia

Pesquisadores de universidade pública da Paraíba criam canudo que muda de cor se entrar em contato com metanol

Beber algo adulterado não é “azar”: é risco real de intoxicação. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolveram duas soluções complementares para aumentar a segurança do consumidor — um método capaz de identificar adulterações em bebidas sem abrir a garrafa e um canudo que muda de cor quando entra em contato com metanol, álcool altamente tóxico usado de forma ilegal na produção de bebidas.

O método já testado consegue detectar substâncias estranhas à composição original com até 97% de precisão e sem necessidade de reagentes químicos. Ele funciona por meio de um feixe de luz infravermelha direcionado à garrafa lacrada.

A vibração das moléculas é captada por um software, que analisa o padrão gerado e indica se há presença de compostos como metanol ou mesmo adição de água. A pesquisa começou com amostras de cachaça, mas a técnica também se aplica a outros destilados.

Leia tambémCiência em alerta: estudo sobre câncer acaba revelando um órgão totalmente novo no corpo humano

Enquanto isso, o grupo trabalha em uma versão ainda mais prática: um canudo capaz de indicar o perigo de forma imediata. De acordo com Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB, o acessório será impregnado com uma substância que reage ao metanol, alterando a coloração quando o líquido contaminado entra em contato.

A proposta é simples, mas potente — permitir que o consumidor perceba na hora se a bebida oferece risco.

O tema ganhou urgência nos últimos meses. Até a noite de 3 de outubro de 2025, o Brasil já havia registrado 113 notificações de intoxicação por metanol em cinco estados e no Distrito Federal — 11 casos confirmados e 102 ainda em investigação.

As ocorrências se concentram em São Paulo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul, sem registros suspeitos até o momento na Paraíba.

Segundo o pesquisador David Fernandes, autor de um dos artigos sobre o tema, o método se mostrou eficiente tanto para identificar falhas naturais de produção quanto fraudes deliberadas.

O estudo começou em 2023 e, em 2025, resultou na publicação de dois artigos na revista Food Chemistry, referência internacional na área de química e bioquímica de alimentos.

Agora, a equipe busca parceiros e recursos para levar o sistema e o canudo detector à produção em larga escala — um passo importante para evitar tragédias causadas por bebidas adulteradas.

Leia tambémA operação secreta que enganou a Ku Klux Klan virou filme e agora está disponível na Netflix

Compartilhe o post com seus amigos! 😉

Gabriel Pietro

Redator com mais de uma década de experiência.

Recent Posts

Ingrediente vetado! Suplemento famoso com planta “da moda” é proibido pela Anvisa e causa alerta geral

Planta “da moda” derruba suplemento do mercado: Anvisa veta ingrediente e dispara aviso urgente ❌

10 horas ago

Quanto custa agora? Nova regra derruba preço da CNH e Brasil sai da lista das habilitações mais caras do mundo

CNH fica muito mais barata após nova regra do Contran — veja quanto você vai…

10 horas ago

Lotes de sabão Ypê são recolhidos pela Anvisa após contaminação grave — veja se você tem em casa

Atenção! Anvisa identifica bactéria no sabão Ypê e manda recolher lotes vendidos em todo o…

12 horas ago

O nome grego de 4 letras para meninas que deve liderar as escolhas dos pais em 2026

Nos últimos anos, grupo de pais nenhum quer que a filha tenha “o mesmo nome…

12 horas ago

A placa DIP está espalhada pelas estradas e muita gente não sabe o que ela quer dizer — entenda agora

Saiba por que esse sinal aparece de repente e o que ele realmente avisa 🚗

2 dias ago

Anvisa barra venda de vinagre de maçã popular e revela problema que muita gente não percebeu no rótulo

Vinagre de maçã famoso é proibido pela Anvisa e pode estar na sua casa agora…

2 dias ago