Sentir ou evitar? Saudável ou maléfico? Preserva ou destrói? Possui medida certa?

Ô sentimentozinho complicado esse tal de ciúmes…
Dizem que pode destruir relações, mas como evitá-lo?
Em algum momento da vida, mais cedo ou mais tarde, com mais ou com menos intensidade, ele vai surgir, não tem jeito…
Deve pertencer ao “pacote do amor”, porque não adianta: quem ama zela, cuida, tem medo de perder.

E o ciúmes não deixa de ser a “prevenção da perda”, uma atitude que o nosso corpo e a nossa mente tomam para evitar que o nosso amor se perca nas esquinas da vida, ao ver uma outra alma qualquer…

O problema é quando ele vem exagerado, descontrolado, acompanhado de barracos, desrespeito, briga na frente dos outros… isso é feito e não resolve nada. Melhor conversar sozinhos, entre quatro paredes, nem que seja posteriormente ao “clímax” da situação…

Ele também é um infortúnio quando vem calado, quando fica só dentro do peito de quem dele padece, porque corrói o coração, entristece a alma e acaba não tendo nenhum efeito para a tal “preservação”…

Guarda-se ele muitas vezes para si por medo do que pode causar. A exteriorização do ciúmes pode trazer consigo discussões e desentendimentos, principalmente porque o outro geralmente acha que estamos exagerando, que não há razão alguma para o nosso sentimento, que deve haver “confiança” na relação, etc.

E, falando nisso, não chega a ser uma falta de confiança o tal do ciúmes. Muitas vezes podemos confiar no nosso parceiro, mas não confiamos nas pessoas que o circundam diariamente, nem nas peças que o destino pode nos pregar. Vai saber…

Ninguém está livre de se apaixonar (ou se encantar, se deslumbrar) de uma hora para outra, e mesmo que isso não vá durar para o resto da vida, já pode ferir um amor e acabar com uma relação que eram para ser para sempre… Então, melhor cuidar, preservar, tentar nem que seja interferir no destino…

Porque não adianta negar: o ser humano tem um tanto de sentimento de posse sobre o ser amado, e essa história de “ninguém é de ninguém” só funciona bem na teoria, porque na prática a coisa é bem mais complicada…

Melhor, assim, aceitar o ciúmes, usá-lo positivamente para o fim a que se destina, procurando, entretanto, evitar excessos para que o efeito não seja rebote, uma vez que o excesso de desconfiança e a perseguição em si têm o condão de, muitas vezes, nos jogar para longe dos nossos amores…

E, vamos combinar: se o outro quiser fazer alguma coisa MESMO, não vai ser o nosso ciúmes que vai impedi-lo. Infelizmente…

Susiane Canal

“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”

Share
Published by
Susiane Canal

Recent Posts

A beleza do amor maduro em 5 filmes apaixonantes na Netflix para assistir nesse fim de semana

Depois de errar, recomeçar e escolher: 5 filmes da Netflix sobre amar de verdade ❤️

1 hora ago

Este filme da Netflix foi indicado a 10 prêmios e vai fazer a sua noite valer a pena

Este filme da Netflix indicado a 10 prêmios não é fácil de assistir — e…

1 hora ago

Filme recente de Steven Spielberg que foi indicado a 7 Oscars está na Netflix

Steven Spielberg resolveu se expor, ganhou 7 indicações ao Oscar e você pode ver na…

2 horas ago

Aborto sem consentimento, invasão e ameaças: os relatos que fizeram a Justiça agir contra Paulo Miklos, da banda Titãs

Medida protetiva não é “detalhe de processo”: quando a Justiça concede, ela cria regras imediatas…

2 horas ago

Amor, interesse e jogo psicológico: o filme da Netflix que incomoda sem pedir licença — e acerta onde dói

Parece comédia romântica, mas este filme da Netflix joga sujo com amor e dinheiro ❤️‍🔥💸

23 horas ago

Nova técnica criada no Brasil contra o câncer de mama, que congela tumor com nitrogênio líquido, atinge 100% de eficácia

🎗️ Tumor congelado a −140 °C: técnica contra câncer de mama tem 100% de eficácia…

24 horas ago