crítica social

Médica negra falece de Covid-19 depois de denunciar tratamento racista em hospital

A médica Susan Moore, de 52 anos, faleceu de Covid-19 semanas depois de denunciado o tratamento racista que recebeu em um hospital de Indianápolis, nos Estados Unidos.

Susan, que é negra, alegou que um dos profissionais do Indiana University Hospital North lhe negou cuidados médicos adequados em função de sua etnia. A denúncia foi feita através de um vídeo gravado de sua cama no hospital.

No post feito no Facebook no último dia 4, ela revelou que precisou implorar por tratamento e que sua dor foi minimizada por um médico branco, mesmo chorando e com dificuldade para respirar. Ela contou ainda que tinha que insistir para tomar antibiótico enquanto sofria com fortes dores, mas recebeu como resposta que o médico se sentia “desconfortável” em dar mais medicamentos.

“Ele me fez sentir como se fosse uma viciada em drogas”, afirmou a médica. “Ele nem escutou meus pulmões, não me tocou de forma alguma. Não fez nenhum exame físico. Eu disse para ele que não poderia me dizer como me sinto”, acrescentou.

Susan Moore testou ositivo para Covid-19 no dia 29 de novembro e foi internada com febre alta e dificuldade para respirar. Ela ainda apresentava tosse com sangue. De acordo com a sua publicação, o hospital só concordou em tratá-la após uma tomografia computadorizada.

A médica recebeu alta no dia 7 de dezembro, mas precisou ser levada a outro hospital menos de 12 horas depois,com febre e pressão baixa. Ela morreu no último domingo (26), conforme seu filho contou ao New York Times.

“É assim que os negros são mortos. Quando você os manda para casa e eles não sabem lutar por si próprios”, disse a médica em sua postagem.

Moore deixa seu filho de 19 anos, Henry, e seus pais, que sofrem de demência, de acordo com uma página do GoFundMe criada para ajudar a cobrir as despesas da família. A iniciativa já arrecadou mais de US$ 100 mil. Sua morte resultou em protestos nos Estados Unidos por parte de outros negros.

De acordo com a BBC, o hospital afirmou em comunicado que “leva muito a sério acusações de discriminação” e é uma “organização comprometida com a equidade e a redução das disparidades raciais na saúde”. Disse ainda que apoia o “compromisso e a experiência de nossos cuidadores e a qualidade do atendimento prestado aos nossos pacientes todos os dias”.

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Redação Conti Outra, com informações de Época.
Foto: Reprodução.

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