Por Nara Rúbia Ribeiro
Observo os homens e suas religiões, seu ritualismo, seus dogmas, suas crenças blindadas, suas verdades absolutas. Em meio a essa observação, penso:
Coisa complicada para o homem é saber-se pássaro. Sentir suas asas pequeninas e observar a amplidão do horizonte. É muito céu. É tanta luz! Mas tanta amplidão estremece o coração.
Ele olha o céu, olha as asas, sabe-se criado para vislumbrar o mundo do alto do azul, mas teme. Diante desse medo, muitos pássaros decidem, a cada dia, criar cada qual a sua pequena e falsa gaiola de prata. Após criá-la, eles encarceram a si próprios e fingem jogar fora a chave da razão, única capaz de abrir a gaiola.
Só então se sentem seguros, glorificam a gaiola e enaltecem a sua máxima proteção. E o pássaro não voa, não sonha, não é. Desmente a si mesmo e se desnatura, inexistindo um tanto mais a cada dia, na gaiola que ele mesmo construiu para si.
E concluo que coisa assombrosa deve ser ainda, a muitos homens, saberem-se potencialmente pensantes, mas viverem aprisionados em sua falsa segurança. Tantos sequer tiveram da vida o incentivo de vislumbrarem o seu céu interior, sentindo-se desde cedo cerceados pelas mazelas do mundo. Asas inertes: talvez seja isso que tanto entristeça e adoeça a humanidade.
Muito triste deve ser o pássaro que constatar que borboletas, embora tenham nascido sem asas, tão mais frágeis e puras, colorem, destemidas, o céu que um passarinho de gaiola jamais ousaria tocar.
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