Sabe, muitas vezes passamos a vida tendo a ilusão de que conseguiremos que salvar os outros.

De que temos a necessidade salvar os outros.

De que eles precisam de nós, do nosso apoio, da nossa orientação, da nossa salvação.

Principalmente os nossos pais: pensamos que sabemos o que é melhor para eles, acreditamos perceber exatamente onde estão errados, o que deveriam fazer de diferente para viver melhor, para se curar, para sobreviverem.

Às vezes, não deixamos nossos parceiros em paz: queremos que se desenvolvam, que se interessem pelas mesmas coisas que nós, que evoluam, que aprendam, que se conectem…

Outras vezes, importunamos nossos irmãos ou amigos com orientações e teorias das quais acreditamos que precisem, lhes damos puxões de orelha, tentamos lhes colocar no prumo, sacudir para a vida…

Pior ainda quando nos indignamos por acreditarmos saber o que seria melhor para a sociedade, para o nosso país, para todo mundo…

E, ao tentar “salvar a humanidade”, nos achamos bonzinhos, benfeitores, amáveis, aqueles que vão merecer “o céu”.

E não nos damos conta de que, no meio dessa história toda, esquecemos do mais importante: nós mesmos.

Estamos aqui, neste momento, vivendo esta vida, com o propósito de salvarmos a nós mesmos. Cada um por si, exatamente assim, por mais egoísta que possa parecer. A nossa maior responsabilidade é conosco, e podemos assumir as maiores e mais elaboradas missões com os outros e com o mundo para fugir disso.

Ao olharmos para fora, não precisamos olhar para dentro.

Ao repararmos nas sombras dos outros, não precisamos ver as nossas.

Ao nos indignarmos com as coisas alheias, não enxergamos nossas próprias limitações e a nossa própria involução.

Não nos damos conta que é uma tremenda falta de respeito tentar “salvar” os outros, achar que sabemos o que é melhor para eles, interferir nas suas vidas, ditar regras, chamar a atenção, apontar o dedo.

Não consideramos suas histórias, seus sistemas, tudo o que está envolvido e que, nem que quisermos, não temos como saber a fundo. Muitas vezes, nem eles próprios sabem.

Tiramos-lhes a oportunidade de descobrirem o mundo ao seu modo, de se autoconhecerem, de evoluírem…

Uma das premissas fundamentais das Constelações Familiares é SE COLOCAR NO SEU LUGAR. Nos emaranhamos, nos angustiamos, não nos resolvemos, não ficamos bem, muitas vezes por não estarmos no nosso lugar, tão somente.

É tão simples, mas ao mesmo tempo tão difícil ocupar apenas no nosso lugar.

Mas é nele, apenas, que conseguiremos crescer e ser felizes.

Susiane Canal

“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”

Recent Posts

SBT explica por que episódio de Chaves ficou quase 50 anos inédito na TV

Episódio especial de Natal de “Chaves” nunca tinha passado na TV aberta (até ontem!) —…

4 horas ago

Saiba como o SBT se saiu no Ibope após trocar Zezé di Camargo por episódio inédito de Chaves

⚠️ Após polêmica, SBT trocou Zezé por Chaves de última hora — e o Ibope…

4 horas ago

Arcebispo de São Paulo se manifesta pela 1ª vez após silenciar Padre Júlio Lancellotti

Você não vai acreditar na justificativa que Dom Odilo deu sobre o caso 😒

5 horas ago

AGORA! Zezé DiCamargo se recusa a se retratar, e filhas de Silvio Santos entram com processo contra o cantor

Você não vai acreditar no montante que o cantor pode perder na Justiça 😱

3 dias ago

SBT acaba de tomar decisão bombástica sobre o Especial de Natal de Zezé Di Camargo

Especial de Natal de Zezé Di Camargo vira dor de cabeça e SBT toma decisão…

3 dias ago