Por Nara Rúbia Ribeiro
O pior prisioneiro é aquele que jaz trancafiado no tempo. Aquele que se fecha dentro das grades imaginárias de um passado estancado na memória, e não deixa o presente fluir.
Aquele que morre de medo de ser, de existir, de enfeitar a masmorra de suas emoções com as flores do agora, e alega “flores não tardam: desfalecem”. Ele não se permite a perplexidade, o encantamento, o deslumbramento com as ínfimas, mas grandiosas e infinitas alegrias que o cercam. E, assim, se desvencilha da poesia que o visita a cada fração de segundo.
Há, também, aquele que se faz prisioneiro do futuro e vive na ansiedade de quem adia, dentro de si, o pulsar das emoções. Assim, aquilo que de belo se lhe apresenta na alma, ele o faz abafar, o despreza, o desqualifica, pois ele aguarda um futuro que há de ser ainda mais grandioso e mais perfeito.
A vida é uma sucessão de oportunidades únicas, todas efêmeras, cada qual com sua rara e insubstituível beleza, para adornar o instante de cada um.
Não é possível desfrutar do eterno se ele não se fizer fracionado em instantes.
Então, que os ponteiros do agora indiquem a nossa melhor hora de íntimo mergulho nas turbulências da nossa paz interior; eis a nossa libertação. E não se preocupe: ninguém morre afogado de si. Ninguém.
31 de outubro de 2014.
Abaixo, um vídeo em time lapse sobre o “despertar” de uma borboleta monarca
Escritora, advogada e professora universitária.
Administradora da página oficial do escritor moçambicano Mia Couto.
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