Após alta, 25% dos pacientes intubados com covid-19 facecem por sequelas, aponta estudo

Um estudo realizado em conjunto por hospitais brasileiros revela que, no período de 6 meses a alta hospitalar, 25% dos pacientes que passaram por intubação devido à covid-19 faleceram. No caso de internados que não precisaram de ventilação mecânica, a mortalidade é de 2%. Os resultados parciais da pesquisa foram divulgados na edicção deste domingo (21) do jornal Folha de São Paulo.

A pesquisa monitorou pacientes através de ligações telefônicas feitas a cada 3 meses após deixarem a internação. Segundo os dados preliminares, a taxa de nova hospitalização de pacientes internados com covid-19 é de 17%. Entre os pecientes que foram intubados, o índice chega a 40%.

Ainda de acordo com os pesquisadores, 20% dos pacientes que foram intubados ainda não tinham voltado a trabalhar 6 meses depois da alta hospitalar, enquanto apenas 5% dos que não precisaram de respiradores seguiam sem exercer suas atividades profissionais no mesmo período.

Entre as sequelas, o estudo destaca a incidência de transtornos mentais. Os relatos apontam que 22% dos pacientes disseram sentir ansiedade, 19% depressão e 11% estresse pós-traumático.

A chamada “síndrome pós UTI”, caracterizada por fraqueza muscular e redução da capacidade física, foi detectada em pacientes que contraíram formas graves da doença.

O trabalho considera resultados obtidos no monitoramento de 1.006 pacientes, com idade média de idade 52 anos. O tempo médio de hospitalização foi de 9 dias, sendo que 1/4 dos pacientes precisou de intubação.

Os hospitais responsáveis pela pesquisa são, Albert Einstein, HCor e Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, além do Brazilian Clinical Research Institute e da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva.

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Redação Conti Outra, com informações de Poder 360.
Foto destacada: Reprodução/AMANDA PEROBELLI / REUTERS.







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