Pamela Camocardi

Amar muito não significa que você não consiga viver sem

Imagem de capa: Elena Dijour/shutterstock

Vamos partir de um princípio básico: você só irá sofrer por alguém, até entender que tudo passa. Sim, é isso mesmo! Esse sentimento que você carrega no peito, essa dor que parece mais física do que emocional e essa carência camuflada de amor, irá passar e você terá a sensação de nunca ter sentido.

Não temos o controle de não sentir dor. Dor é uma condição humana. Mas, muitas vezes, supervalorizamos a mesma pra dar mais afetividade ao que sentimos.

O que dói na verdade, quando uma história acaba, é saber que tudo que fizemos, não foi suficiente para manter o amor vivo e não a separação em si. Culpamos-nos de tudo, sentimos-nos frustrados e queremos acreditar que somos vítimas de todas as situações. Quando, na verdade, um relacionamento acaba por vários motivos alheios a esses.

Quando amamos queremos que dê certo, fantasiamos tudo e exageramos nos sentimentos. O problema é quando as coisas não saem como esperamos e o relacionamento acaba, a fantasia faz dos envolvidos reféns da própria ilusão. Lembre-se que, antes de ser desiludido, você viveu iludido e, sinceramente, não sei qual dos dois sentimentos conseguem ser pior.

Por mais difícil que seja um término é preciso entender que amar muito não significa que não conseguimos viver sem. Você é independente em atitudes e sentimentos e, a sua felicidade, não está condicionada à permanência do outro em sua vida.

Martha Medeiros, em “A importância de perder peso”, do livro “Coisas da Vida”, afirma que: “ dores de amor, falta de grana e angústias existenciais são contingências da vida, mas você não precisa soterrar os outros com seus lamentos e más vibrações. Sustente o próprio fardo e esforce-se para aliviá-lo. Emagreça onde tem que emagrecer: no espírito, no humor. E coma de tudo, se isso ajudar.”

Entenda que a luz no final do túnel só aparecerá se você caminhar. Enquanto você cultuar a dor, ela permanecerá dentro de você. Então, apenas siga em frente. Logo você acostuma com a rotina, os finais de semana voltam a serem divertidos e você voltará a confiar nas pessoas. Mas, antes, você vai aprender a ser forte e a criar inteligência emocional. Como dizia Aristóteles: “não há nada na nossa inteligência que não tenha passado pelos sentidos.”

Pode ser que não seja hoje, amanhã ou na semana que vem, mas essa dor irá passar e você voltará a sorrir. Você se apaixonará novamente e irá fantasiar outras histórias, afinal, somos movidos por nossos sonhos. Apenas, tenha maturidade para entender que até dar certo, muitas coisas darão errado e, por mais que a dor arrebente sua alma, lembre-se que ela sempre irá passar.

Pamela Camocardi

A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.

Recent Posts

Novidade na Netflix: Glen Close e Mila Kunis arrancam lágrimas e aplausos em filme arrebatador

É impossível não se emocionar com a história profundamente humana e as atuações fenomenais que…

9 horas ago

Viúvo de Walewska quer que pais da jogadora paguem aluguel para morar em apartamento deixado pela filha

"Ele mandou uma notificação sem autorização judicial informando que os pais dela ou pagarão a…

10 horas ago

Desaparecimento de Madeleine McCann completa 17 anos e pais fazem declaração: ‘Vivendo no limbo’

Dezessete anos se passaram desde que Madeleine McCann desapareceu do quarto de um resort na…

20 horas ago

Pai é acusado pela morte do filho após obrigá-lo a correr em esteira em alta velocidade

O pai alegou que obrigava seu filho de 6 anos a correr em uma esteira…

1 dia ago

Mecânica de jogo: O coração da emoção de Aviator

Na nossa análise exaustiva, mergulhamos na mecânica do Spribe's Aviator, analisando como o seu formato…

1 dia ago

Show da Mandonna: Fiscais encontram facas enterradas na areia de Copacabana

Na madrugada desta sexta-feira (3), a Secretaria de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro…

1 dia ago