Quando se fala em cruzeiro, a primeira imagem que vem à mente costuma ser a de férias perfeitas: sol, piscina, comida farta e música ao vivo.
Mas por trás desse cenário festivo, existe uma estatística incômoda que raramente aparece nos anúncios: todos os anos, dezenas de passageiros caem dos navios em alto-mar — e a maioria não volta com vida.
A questão é: por que isso acontece com tanta frequência e o que as companhias de cruzeiro estão fazendo (ou deixando de fazer) para evitar?
As causas vão muito além de um simples tropeço. O consumo exagerado de álcool é uma das principais razões, já que reduz a noção de risco e leva muitos a desafiar os limites de segurança. Há casos de pessoas que escorregam em áreas molhadas do convés, outras que se inclinam demais sobre as grades para tirar fotos, e até situações de brigas que terminam com alguém sendo empurrado para fora.
Em cenários mais graves, crises de saúde mental resultam em tentativas deliberadas de salto no mar. E há ainda os fatores ambientais: ventos fortes, mar agitado e falhas estruturais, como grades enfraquecidas, que contribuem para a tragédia.
Embora navios contem com barreiras altas, câmeras e tripulação treinada, a mistura de descuido, imprudência e condições externas continua abrindo brechas para que acidentes fatais ocorram.
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Entre 2009 e 2019, foram registrados 212 casos de passageiros caindo ao mar em cruzeiros, de acordo com levantamento do site The Points Guy.
E se a indústria costuma colocar a culpa apenas no comportamento dos turistas, especialistas afirmam que a raiz do problema também está na legislação pouco eficiente que regula a segurança marítima.
Nos Estados Unidos, o Cruise Vessel Safety and Security Act exige que navios que operem em portos americanos tenham algum tipo de tecnologia para identificar quedas — seja por câmeras ou por sistemas de alerta automático.
Mas há um detalhe: a lei não obriga o uso dos dois métodos ao mesmo tempo. Isso significa que, em muitos navios, se ninguém estiver monitorando as câmeras em tempo real, uma queda pode passar despercebida por horas, reduzindo drasticamente as chances de resgate.
As próprias companhias alegam que a tecnologia de detecção ainda “não está pronta” para uso em larga escala, embora especialistas contestem essa afirmação. Enquanto isso, os passageiros seguem expostos a riscos que poderiam ser evitados com sistemas mais eficientes.
Os dados citados pela revista Quartz são alarmantes: apenas entre 17% e 25% dos passageiros que caem de um cruzeiro conseguem ser resgatados com vida.
O tempo que leva até alguém notar a ausência, o atraso na resposta da tripulação e as dificuldades de localização em mar aberto tornam as buscas quase sempre inúteis.
Pouca gente sabe, mas aquele bilhete impresso ou digital que garante o embarque também funciona como um contrato cheio de restrições. Ele pode limitar prazos para abrir processos, impor notificações obrigatórias em curto espaço de tempo e determinar tribunais específicos para julgar disputas. Na prática, isso dificulta a vida de qualquer passageiro que tente responsabilizar a empresa por negligência.
Ou seja, o passageiro que sofreu um acidente em alto-mar já começa em desvantagem antes mesmo de pisar no tribunal.
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