Todo fim de ano tem um ritual bem previsível nas redes: alguém resgata uma lista de “profecias” atribuídas a Baba Vanga, encaixa em um post com tom de alerta e pronto — o conteúdo se espalha como se fosse um calendário do futuro.
O detalhe é que, quando você vai atrás do básico (fonte, data, frase original), a história começa a desmanchar. E é aí que entra a pergunta que realmente importa: o que, de fato, dá pra checar?
Baba Vanga foi o apelido de Vangeliya Pandeva Gushterova (nascida em 1911 e morta em 1996), uma figura popular no Leste Europeu, conhecida por atendimentos espirituais e fama de vidente.
Só que existe um ponto que muda tudo: não há registro escrito confiável e padronizado das “previsões” dela — o que circula veio por relatos de terceiros e compilações que variam muito de um lugar pra outro.
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A própria falta de um arquivo verificável abre espaço para adaptações, traduções criativas e frases que aparecem do nada anos depois.
Essa bagunça de origem ajuda a explicar por que ela “acerta” com tanta facilidade no discurso de internet: quando uma frase é genérica, simbólica e sem data, fica simples colar em qualquer acontecimento depois que ele já aconteceu. E quando a frase nem dá pra confirmar que foi dita, mais simples ainda.
Algumas previsões atribuídas a Baba Vanga que não bateram com a realidade aparecem com frequência justamente porque são chamativas — e porque falharam de um jeito bem objetivo:
Quando você junta isso com o modo como essas listas nascem e se popularizam, a confiança fica ainda mais frágil.
Pesquisas acadêmicas sobre a presença da Vanga na imaginação popular mostram como a figura dela virou um produto de mídia e internet no pós-morte, especialmente em ambientes onde boatos, recortes e “prints” ganham status de documento.
E portais brasileiros também citam que parte dessas profecias teria sido impulsionada por correntes e páginas conspiracionistas — ou seja, o caminho é mais “viral” do que histórico.
E sobre 2026, a lógica se repete: circulam previsões de contato com extraterrestres, desastres em grande escala, conflitos internacionais e tecnologia “revolucionária”. O ponto central é que não aparece um registro direto e verificável ligando essas frases à Vanga — só compilações reaproveitadas, traduzidas e remixadas conforme a pauta do momento.
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