A vida está com mais pressa do que nunca

Imagem: Jacob Lund/shutterstock

Passa como um trator por cima das horas, indecisões, dos suspiros e divagações.

Se você se sente confortável alimentando dúvidas e ponderações como quem vai todos os dias à praça para oferecer milho aos pombos, é bom lembrar que a vida passará tão tediosamente quanto essa rotina escolhida.

Se, por outro lado, você está confiante em pegar a vida no laço, fazer dela o que planeja e sonha, é possível que ela corresponda na mesma intensidade ou até mais, portanto, é importante ter onde se segurar quando os trancos vierem.

A vida responde às nossas provocações, mas vem com pressa, com urgência, e não costuma tolerar intenções desgovernadas, blefes, ameaças ou trotes. Bem tratada e respeitada, sorri e retribui sorrisos. Enganada, não há quem a alcance e a faça mudar de rumo.

Pense bem na aposta que está fazendo com a vida. Ela como parceira, corre para você; Como rival, te atropela.

A pressa é estratégica. Ela passa voando, nada a faz parar. Quem souber aproveitar, desfrutar, multiplicar, sequer vai sentir a velocidade. Quem preferir arrastar, frear, deixar no ponto morto, provavelmente irá carregar o peso do tempo nos ombros.

Em algum lugar da vida de cada um de nós há uma amizade, um afeto, uma figura do passado, de algum lugar distante precisando muito de um pouco da vida que podemos oferecer. E se, ao invés de tentarmos inutilmente brecar o tempo, nós o usarmos para esses resgates, reaproximações, companhias e recordações? A vida sabe o quanto isso é importante e nos brinda com momentos inesquecíveis.

E, por fim, se ela pudesse nos dar dicas de como aproveitá-la melhor, certamente diria para largarmos para trás o tempo gasto com futilidades e inutilidades, e nos agarrarmos nos mágicos momentos de convivência e troca com quem amamos e admiramos.

Aí sim, a vida vem e oferece uma garupa na sua moto, para a aventura de passar pelo tempo com muita vida!







Administradora, dona de casa e da própria vida, gateira, escreve com muito prazer e pretende somente se (des)cobrir com palavras. As ditas, as escritas, as cantadas e até as caladas.