Se você não puder ser a sua melhor versão com ela, então deixe-a ir

Ela não está interessada em quantos momentos extravagantes você pode proporcionar ou em qualquer outra coisa que o dinheiro possa comprar. Ela não liga para isso. Ela quer que você seja verdadeiro, honesto e empático sobre os seus sentimentos. Se você não puder ser a sua melhor versão com ela, então deixe-a ir.

Ela não quer um amor construído com ingredientes de um supermercado. Não é a receita perfeita que a interessa, mas o cuidado no qual cada gesto é igualmente distribuído. Um pouco de gentilezas, algumas pitadas de paixão, duas colheres de respeito e um copo cheio de reciprocidade. Para temperar, liberdade, tesão e igualdade. Nada do que você já imaginou ter algum dia, enche os seus olhos. O comum é chato demais. O passado, também. Ela quer simplesmente que você esteja disposto a se perder com ela. Sem razões únicas. Sem motivos egoístas. Tudo o que importa é a sinceridade de um abraço que há muito tempo não vinha.

Ela não está nem aí para essa sua prepotência de achar que ela te pertence. Não é você quem escolhe. Ela é quem decide, quando e como será de vocês. Nada de posses. Ela chega e parte do jeito que bem entender. Porque não existe isso de rédea curta com ela, não. Ela nasceu livre e apenas concede o passaporte para vocês estarem juntos.

Ela não quer proteção. Ela sabe se cuidar. O que enche o seu peito de tranquilidade e faz a sua alma sorrir de bom grado, é saber que está com alguém que escuta e reconhece os seus desejos. Ela quer conversar de coração para coração, de amor para amor. Antes que seja tarde, trate-a com o mesmo querer que te moveu até aqui. Se você não puder ser a sua melhor versão com ela, então deixe-a ir. A solidão nunca foi um problema para ela.

Imagem de capa: Viver Por Viver (1967) – Dir. Claude Lelouch