Liberdade para sentir

Imagem de capa: Bogdan Sonjachnyj, Shutterstock

Com o tempo, você aprende que nem todos os laços devem ser mantidos. Você aprende que, algumas pessoas, simplesmente não cabem no mesmo coração. Porque diferenças são respeitáveis, mas a falta de entendimento e compromisso para com elas, não podem ser ignoradas. Algumas pessoas confundem carências com sensibilidades. Colocam no mesmo saco, ego, possessão e amor.

Com o tempo, você aprende que não há nada de errado em dizer adeus. Partidas não podem ser evitadas ou camufladas. Insistir numa relação que flerta com o fim, é fazer do próprio corpo um martírio desnecessário e destrutivo. Gostar não é isso. Admiração não é isso. Trancafiar sorrisos para ajudar quem pouco reconhece, atrofia o seu desenvolvimento. Nada de permanecer sociável por aparências, interesses e outras desculpas frágeis das quais você é induzido.

Com o tempo, você aprende que amizade é escolha. Favores não podem ser postos numa balança, como quem quer estipular valores e pontuar os níveis de fraternidade. Quem adentra nesse caminho não precisa de amigos, mas de autoafirmação. E bem sabemos que o mundo anda repleto de rostos estampados em outdoors, buscando nada menos que a sua atenção e energia.

Com o tempo, você aprende que amor é liberdade. É direito de ir e vir quando quiser, para quem quiser. Fidelidade é você ser honesto a respeito do que sente. Traição é você ignorar o próprio querer para agradar um outro alguém. Quando isso acontece, o carinho passa distante. Se você não está entregue para um abraço, então por que abraçar? Só deposite o que lhe cabe, mas não cobre o que não vier a ficar.

Com o tempo, você aprende que nada é preto no branco. Uma moeda tem de dois lados, mas isso não permite um alvará para um desfile ignorâncias. Conhecimento é perspectiva. Sentimentos, também. Tenha paciência, mas seja audaz. Tenha força, mas preze pelo equilíbrio. Tenha você, mas compartilhe o nós.