Façamos a coisa certa. Errar é humano mas não é desculpa.

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Eu entendo. Todo mundo erra. Ninguém é perfeito. É direito meu e seu e de todo mundo cometer um engano aqui e outro ali e blablablá. Mas cá entre nós: será que essa desculpa já não anda velhinha demais, não? Coitada, caquética e carcomida, rola por todo canto justificando pequenos, médios e grandes equívocos. O sujeito pisa feio na bola e já se explica: “ahh… errar é humano, né?”.

É, sim. É humano. Tanto quanto é uma bruta sacanagem se esconder em desculpas surradas como essa. Por favor, né? O problema não é o erro. É o cinismo, o descaramento, a desfaçatez. Injustiça deliberada e safadeza de propósito não são erros. São indecências.

Errar é humano mas não é desculpa. Façamos a coisa certa. O mundo não aguenta mais tanto babaca piorando a vida com empenho. Quem tem o mínimo de correção e consciência faz o que é certo e ponto. Ainda que se esforce, que se rale e adoeça, não cai no desvio nem se desculpa na caradura alegando defeito de fábrica. Quando erra, corrige. Se errar de novo, corrige outra vez.

Desculpas não bastam, minha gente. Passou da hora de fazer uma força e acertar mais. Quem vive na defensiva, errando porque quer e se escondendo em justificativas ordinárias é gente sacana. Chega desse negócio.

Sorte nossa é que no mundo, entre sete bilhões de habitantes, ainda há muito mais gente boa do que vigaristas. Acontece que eles, os sacanas, estão cada vez mais à vontade para fazer das suas. Logo, quem é bom tem de se esforçar mais. É urgente ser radicalmente decente. Só assim, quem sabe, a gente equilibra essa balança. Antes que um canalha a quebre e diga com cara de santo que foi sem querer.







Jornalista de formação, publicitário de ofício, professor por desafio e escritor por amor à causa.