Algumas pessoas não mudam, elas se revelam

O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas mudam. Inevitável aprendermos com as experiências e aprimorarmos nossas atitudes e comportamentos, de modo a não repetir os mesmos erros, em constante movimento adiante, seguindo no propósito de ser feliz. A gente fica mais forte após as perdas e os ganhos, a gente muda, sim, mas mantém a essência e os valores; do contrário, não é mudança, mas máscara que cai.

Frequentemente, convivemos com pessoas, nos diversos setores de nossas vidas, que acabam nos surpreendendo, com a passagem do tempo, de forma negativa. É o caso do chefe que se torna autoritário, do colega que se distancia de uma hora para outra, do parceiro que se torna mais agressivo, enfim, de pessoas que mudam de comportamento, mostrando um lado que parecia dormente até então.

Importante, nesses momentos, refletir sobre a forma como nós estamos nos comportando, o que vamos oferecendo, como nos dispomos a desenvolver os relacionamentos, pois, não raro, nós mesmos é que causamos as mudanças nas pessoas ao nosso redor. Assumir a parte que nos cabe em tudo o que nos acontece será vital para que não culpemos somente o outro, atribuindo-lhe toda a carga de responsabilidade sobre o que ocorre.

No entanto, há quem mude radicalmente, mesmo quando mantemos o que somos, ainda que sejamos verdadeiros, sempre oferecendo o nosso melhor. Nesses casos, o outro é que se perdeu de si, incapaz que foi de sustentar algo que não fazia parte de sua natureza. Ninguém consegue manter as aparências por muito tempo, visto que não se foge ao que se é, por mais que se tente, por mais técnica teatral que se tenha.

O que temos de peculiar e que é tão nosso não sucumbe ao poder, ao dinheiro, à fama, ou a qualquer tentação lá de fora. Somos, afinal, atraídos por aquilo que possui energia semelhante às nossas verdades, bem como atraímos energia que se casa com as nossas vibrações.

Algumas pessoas, como se vê, não mudam, apenas deixam de interpretar papéis incondizentes com seus vícios e princípios de vida. Cada um acaba dando o que tem, seja amor, seja ódio. Sejamos então nós o amor, pois assim jamais sairemos perdendo.







"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar". É colunista da CONTI outra desde outubro de 2015.