7 escritores africanos que você não pode deixar de ler.

Literatura é algo que se avalia muito subjetivamente. Contudo, listamos aqui 7 livros de autores africanos que, em nossa opinião, merecem o carinho da sua leitura.

Os livros mencionados são sugestões e não se enquadram necessariamente como os mais consagrados de cada autor.

Você tem mais alguma dica de autor africano que queira compartilhar com todos? Registre nos comentários e enriqueça o nosso trabalho!

1. Americanah  de Chimamanda Adichie (Nigéria)

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Autor: ADICHIE, CHIMAMANDA NGOZI
Tradutor: ROMEU, JULIA
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: Romances
Edição: 1
Ano de Edição: 2014
Ano: 2014

SINOPSE

Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.
SUGESTÃO CONTIOUTRA: Indicamos uma palestra da autora realizada para o TED Talks: O perigo de uma única história

2- VERÃO – Cenas da vida na província de J. M. Coetzee (África do Sul)

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Autor: J. M. Coetzee
Tradutor: José Rubens Siqueira
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: Romances
Edição: 1
Ano de Edição: 2010
Ano: 2010

SINOPSE

Verão é o terceiro livro da trilogia Cenas da vida na província, composta também por Infância e Juventude. Coetzee lança mão de artifícios narrativos refinados para compor um relato de ficção autobiográfica, construído de maneira múltipla e indireta. 
Quem estrutura a história é um pesquisador inglês, Vincent, interessado na vida de John Coetzee, autor que já morreu. Para escrever a biografia de Coetzee, Vincent recorre a outras fontes: os Cadernos do autor, com anotações autobiográficas, e entrevistas com pessoas que o conheceram. 
O biógrafo concentra-se nos anos 1970, período que precede o reconhecimento literário do jovem John Coetzee, então nos seus trinta anos.
Nesse momento de maturação do jovem, vivia-se a plena vigência do apartheid, e John Coetzee retornava de uma temporada nos Estados Unidos.
John tem de se readaptar a um país em estado social convulsivo, ao convívio com a família tradicional, de ascendência africânder, e às desconfianças com relação ao seu comportamento excêntrico. 
Os limites entre ficção e autobiografia se esgarçam nesta obra e permitem que o autor sul-africano componha um retrato admirável de si próprio, em que fala sobre suas limitações e seus desejos, sobre suas posições políticas, filosóficas, pedagógicas e estéticas. Neste excepcional Verão, não há espaço para vaidade ou autocomiseração. Ao contrário, imperam o senso crítico, a autoironia e a inventividade literária.

3- Luuanda de José Luandino Vieira (Angola)

contioutra.com - 7 escritores africanos que você não pode deixar de ler.Autor: VIEIRA, JOSE LUANDINO
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: Contos e Crônicas
Edição: 1
Ano: 2006

SINOPSE

As três narrativas aqui reunidas retratam a dura realidade dos musseques angolanos – os bairros pobres de Luanda, onde o próprio autor viveu. “Minha preocupação era ser o mais fiel possível àquela realidade. […] Se a fome, a exploração, o desemprego, surgem com muita evidência […] é porque isso era – digamos assim – o aquário onde meus personagens e eu circulávamos”, afirma Luandino. 
E, dura realidade à parte, Luandino cria personagens memoráveis. Como “vavó” Xíxi e seu neto, que, sem trabalho e sem dinheiro, não dispensa a camisa florida ou o amor de Delfina, para desespero da avó (“Vavó Xíxi e seu neto Zeca Santos”). Ou o Garrido Kam’tuta, atormentado pelo papagaio que ganhava as carícias que Inácia lhe recusava (“Estória do ladrão e do papagaio”). Ou “nga” Zefa e sua vizinha, que disputam a posse de um ovo de galinha (“Estória da galinha e do ovo”). 
Essas histórias curtas, narradas com grande maestria e um colorido muito especial, buscam na oralidade inspiração para recriar a linguagem e nos fazem lembrar da nossa própria trajetória literária.

 

4- Terra Sonâmbula de Mia Couto (Moçambique)

contioutra.com - 7 escritores africanos que você não pode deixar de ler.Autor: COUTO, MIA
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: Literatura Internacional – Romances
Edição: 1
Ano: 2007

SINOPSE

Um ônibus incendiado em uma estrada poeirenta serve de abrigo ao velho Tuahir e ao menino Muidinga, em fuga da guerra civil devastadora que grassa por toda parte em Moçambique. Depois de dez anos de guerra anticolonial (1965- 1975), o país do sudeste africano viu-se às voltas com um longo e sangrento conflito interno que se estendeu de 1976 a 1992. O veículo está cheio de corpos carbonizados. Mas há também um outro corpo à beira da estrada, junto a uma mala que abriga os ‘cadernos de Kindzu’, o longo diário do morto em questão. A partir daí, duas histórias são narradas paralelamente – a viagem de Tuahir e Muidinga e, em flashback, o percurso de Kindzu em busca dos naparamas, guerreiros tradicionais, abençoados pelos feiticeiros, que são, aos olhos do garoto, a única esperança contra os senhores da guerra.

5- BARROCO TROPICAL de José Eduardo Agualusa (Angola)

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  • Autor: AGUALUSA, JOSE EDUARDO
  • Idioma: PORTUGUÊS
  • Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
  • Assunto: Literatura Internacional – Romances
  • Edição: 1
  • Ano: 2009

SINOPSE

Barroco tropical é um livro ambicioso, de grande fôlego e densidade. A ação se passa em Luanda no ano de 2020 e é narrada alternadamente pelo escritor Bartolomeu Falcato e pela cantora Kianda, sua amante. Os dois testemunham juntos um fato insólito, a queda de uma mulher – literalmente – do céu. A mulher em questão é uma modelo e ex-miss que frequentou a cama de políticos e empresários de expressão, o que a tornou uma figura incômoda para o establishment.
Numa narrativa que avança e recua livremente no tempo e que se desloca entre a África, a Europa e o Brasil, Agualusa traça um retrato vivo e pulsante da sociedade angolana atual, onde as tradições ancestrais convivem de modo nem sempre pacífico com uma modernidade mal assimilada. Essas contradições estão sintetizadas no prédio onde mora o escritor Falcato, a Termiteira, futurística torre de sessenta andares, o maior edifício do continente, que não terminou de ser construído e já está em ruínas, abrigando os ricos nos andares superiores e a ralé social e criminal no subsolo.
Mães de santo e curandeiros convivem nestas páginas com figurinistas de fama internacional, empresários da aviação, militares golpistas e traficantes de drogas e de armas. 
Romance generoso e exuberante, cheio de personagens pitorescos, Barroco tropical reflete desde o título o que Agualusa identificou em seu país como “uma certa cultura do excesso, quer na maneira de as pessoas se divertirem, quer na maneira de demonstrarem o sentimento e a dor”.
O insólito está sempre presente, mas intimamente entrelaçado ao prosaico e ao cotidiano, pois, como declarou o autor, referindo-se a Angola, Portugal e Brasil, “nos nossos países a realidade tende a ser muito mais inverossímil do que a ficção”.

6- O MELHOR TEMPO É O PRESENTE de Nadine Gordimer (África do Sul)

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Autor: GORDIMER, NADINE
Tradutor: BRITTO, PAULO HENRIQUES
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: Literatura Internacional
Edição: 1
Ano: 2014

SINOPSE

Amantes clandestinos no passado, devido às leis raciais que proibiam relações entre negros e brancos, hoje Jabulile Gumede e Steve Reed vivem numa África do Sul democrática. Ambos foram ativistas que lutaram com todas as forças pelo fim do apartheid, e seus filhos, felizmente, já nasceram em um tempo e em um lugar de liberdade. Mas à medida que os ideais de uma vida melhor para todos são ameaçados por tensões políticas e raciais, pela ressaca das ambiguidades morais e pelo enorme abismo entre os privilegiados e a grande massa pobre que só aumenta a cada dia, o casal pensa em abandonar o país pelo qual tanto lutou.

“Um exemplo perfeito daquilo que a literatura nos proporciona e os livros de história não têm como proporcionar.” – The New York Times Book Review
“Ler O melhor tempo é o presente é mergulhar no caldeirão que é África do Sul hoje.” – Los Angeles Times
contioutra.com - 7 escritores africanos que você não pode deixar de ler.Autor: PEPETELA
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: LEYA BRASIL
Assunto: Literatura Internacional – Romances
Edição: 1
Ano: 2012

SINOPSE

Este livro busca retratar a história de Manuel Cerveira Pereira, governador de Angola de 1615 a 1617, conduzindo o leitor a Angola dos séculos XVI e XVII, enquanto Portugal vivia sob domínio filipino. O livro aborda um período que, segundo o autor, é pouco conhecido da história de Angola, sobretudo a parte relativa à fundação da cidade de Benguel. Ele ressalta que a ideia desses promotores da fundação da cidade de Benguela, que conjecturavam a existência de cobre na região, tinha a ver com a criação de uma colônia que viesse ocupar todo o Sul de África. O autor disse que tal propósito acabou com o fracasso do conquistador português Manuel Cerveira Pereira, pois não conseguiu encontrar o cobre que sustentava a sua ideia de fundar a cidade de Benguela. De acordo com Pepetela, o conquistador português aproveitou, entretanto, o fato de ter encontrado escravos em Benguela e fez muito comércio para o Brasil, frisando que mais tarde houve a anexação de Benguela à Colônia de Angola. Pepetela também propõe uma discussão sobre as razões fundamentais da criação da cidade de Benguela, além da identidade nacional.

SUGESTÃO CONTIOUTRA: Crítica da Veja A cor e o poder de Angola no século XVII

Encontre o livro aqui.

A matéria atual foi baseada na original 10 libros africanos para las vacaciones, de autoria de Alejandro de los Santos
 
Adaptada para o português com autorização do site de origem:contioutra.com - 7 escritores africanos que você não pode deixar de ler.






JOSIE CONTI é psicóloga com enfoque em psicoterapia online, idealizadora, administradora e responsável editorial do site CONTI outra e de suas redes sociais. Sua empresa ainda faz a gestão de sites como A Soma de Todos os Afetos e Psicologias do Brasil. Contato para Atendimento Psicoterápico Online com Josie Conti pelo WhatsApp: (55) 19 9 9950 6332